Friday, December 30, 2005

Um post nada forçado...

Serve o presente post para reforçar a ideia do post anterior... Não me parece correcto que se cancele assim a emissão deste blog sem um prévio acordo de todos os colaboradores...
Julguei que todos fossemos iguais mas afinal (qual Quinta de George Orwell) parece que há alguns mais iguais que outros...

E agora, o que realmente me vai na alma:

- Está a nevar na Serra e eu estou lá daqui a poucas horas!!!!!

Porque o ryder não decide... quando é que termina a emissão



Boas notícias para quem vai para a Serra da Estrela nesta passagem de ano... pq meus senhores e minhas senhoras:

- Está a nevar !!!!! :)

Todos os hotéis cheios, neve, e boas condições para a práctica de ski.

Viva 2005, venha 2006 :)

Feliz 2006

Quero aproveitar o post anterior para desejar a todos os que nos visitam um feliz 2006 e cheio de resoluções cumpridas :)


P.S. - Uma vez que vou participar durante o fim-de-semana numa "Convenção de blogs amigos" juntamente com os outros papagaios, em que nos juntaremos às excelsas criadores dos Blogs "el_olive_world" e "Fada do Lar", voltaremos à emissão na próxima segunda feira, dia 2.

New Year's Resolutions





Chegando a esta altura do ano, as pessoas começam a traçar objectivos para o ano que se segue...
De há 3 ou 4 anos para cá... o que consta sempre na minha lista é "Deixar de Fumar"; "Fazer Exercício"; "Ir mais ao Teatro"; "Ler mais"; "Ser mais solidária"; "Ser menos anti-social" etc... Balanço de 2005:
-Não deixei de fumar;
-Inscrevi-me num ginásio, andei meses a pagar a mensalidade e nunca lá fui, aliás, fui 2 vezes... uma para me inscrever e outra para cancelar a subscrição;
- Não fui ao Teatro uma única vez... sim eu sei é uma vergonha.
- Livros... Livros... tenho um ainda para ler, ( emprestou-me o bu e a luma, sorry guys for taking so long ), logo, tenho de ler mais :)
- Não participei em campanha nenhuma, não comprei relógios para ajudar a construir casas, só dei moedas a arrumadores... isso conta?
- Não deixei de ser anti-social... continuo a cortar-me a tudo e mais alguma coisa...

Vamos esperar e ver como corre 2006... Bom ano e já agora deixem aqui as vossas "resolutions"

Thursday, December 29, 2005

Coisas que me irritam...

1- Pessoas que levam a faca à boca;
2- Pessoas que não se penteiam atrás ( uma pessoa consegue saber quase quantas horas a pessoa esteve com a cabeça na almofada pelo grau de compressão na parte de trás da cabeça )
3- Pessoas que quando gostam de uma banda, e nos querem mostrar... começam com expressões como "esta parte é fenomenal ouve ouve ouve ouve... estás a ouvir? fenomenal, simplesmente fenomenal... aliás tão fenomemal que vou andar 47 segs para trás para poderes ouvir outra vez"
4- Pessoas que mastigam de boca aberta
5- Pessoas sôfregas ( aquelas que estão na fila do supermercado sem qq distância higiénica, tb serve para o multibanco e condutores que têm a mania de ir colados ao "rabo" do carro )

há mais... mas vamos ficar pelo top 5 desta bela quinta-feira que parece que nunca mais acaba.

Monday, December 26, 2005

Only A Matter Of Time

A suited man smiled said:
"It's just a matter of time
You can have the world at your feet by tomorrow
just sign on this line."
Hold tight... limelight!
Approaching the paramount
with the sun in our eyes
fearing family ties, legalies, compromise
In a dimly lit room with a stool as his stage
a dream-stricken prince of a pauper's descent
haunts the eavesdropping silence
that presses his window as he sweats a performance to an audience that ticks on the wall

To the practical observer
It's just a matter of time
"You can deviate from the commonplace only to fall back in line."
I understand mine's a risky plan and your system can't miss
But is security after all a cause or symptom of happiness?

Brave, yet afraid, his eyes on horizon in a steady-set gaze
a mariner soon from an open cocoon
takes a moment to summon his courage
to stifle his grave apprehension and trembling, approaches the surf

A father's benediction as his hopeful son departs
to brave the sea of rage and conquer at all costs
lingers in his memory
and visions still surviving in a logic-proof shell
that should have been held sacred, safe and hidden well are compromised in usury
with every rising sun that yields no sight of land the hesitation cultivates within the tired man
and rumors spread of mutiny
and though the time will come when dream and day unite tonight
the only consolation causing him to fight
in fearless faith in destiny

Even when plans fall to pieces
I can still find the courage with promise I've found in my faith

Likely or not, it's a dream that we keep and at odds with our senses we'll climb
But if faith is the answer, we're already reached it
And if spirit's a sign then it's only a matter of time
Only a matter of time

(Kevin Moore)

Se há algo certo é a passagem do tempo... ou então não!

Por falar em coisas que nunca mais acabam, chegou-me a informação (que tenho de agradecer ao Esmifra) que este ano de 2005 vai ser mais longo que os anos anteriores. O International Earth Rotation and Reference Systems Service, a entidade responsável por estabelecer o standard temporal adoptado em todo o mundo e aquele que é seguido pelos relógios atómicos, chegou à conclusão que é necessário acrescentar um segundo à duração do ano para que estejamos sempre a menos de 0.9 segundos da rotação da Terra, que é variável de acordo com vários factores, entre os quais se destacam as marés.
Este segundo será adicionado à meia-noite GMT (passa das 23:59:59 para as 23:59:60 e apenas depois para as 00:00:00), pelo que fazemos parte dos afortunados que vão ter essa alteração mesmo na passagem de ano.

Harry Porra-que-isto-nunca-mais-acaba...


Não haverá muito a dizer sobre este “Harry Potter and the Goblet of Fire”. Todos conhecemos a saga, todos conhecemos a fama, todos temos uma ideia de onde vai acabar.
No entanto, lá fui ver o quarto filme da saga e a única coisa que me ocorre dizer é: gostei mais do anterior. Não é um mau filme, e deve ser visto na sequência dos outros, mas vem trazer muito pouca coisa de novo, apenas os últimos minutos são relevantes para a história e tem muita palha pelo meio.
Resumindo (que é o que devia ter sido feito a este filme): Convém ver se não quiserem perder o fio à meada, mas vejam num cinema bem confortável, porque 3 horas daquilo é obra.

Saturday, December 24, 2005

Quem, onde, quando, como e porquê.

talvez as perguntas mais importantes e objectivas que se pode fazer em relação a qualquer situação. Na verdade tenho de agradecer ao meu pai por estas pequenas maravilhas... andava eu no 5º ano, e embora gostasse de História, nunca tinha mais do que o "satisfaz", "satisfaz bem -" pq nos testes começava a divagar e misturava os factos, as datas etc... Até que o meu pai me ensinou este pequeno truque e a partir daí, independentemente da pergunta, se eu soubesse aqueles 5 dados e ordenasse a resposta daquela maneira, não havia nada que falhasse. Não querendo exagerar, depois serve para tudo... Por exemplo:
-Passagem de ano:
Quem vai?
Onde é?
Quando partimos?
como vamos?
e porque é que vamos?... sendo esta normalmente a mais importante.

Imaginem que um amigo vai contra um vidro no café... ( nada inédito )
Quem?- um tibúrcio qq
Onde?- no café lisboa
quando?- ontem de manhã
como? não reparou e foi contra o vidro
Porquê? porque é parvo...

é como vos digo, serve para tudo.

e com isto... os meus votos de menos palha e mais objectividade... e já agora

Bom Natal

Friday, December 23, 2005

Quando...

Quando é que uma pessoa chega à conclusão que um conhecido/a passa a ser um amigo/a?
Para mim por exemplo, é quando se pode estar em silêncio sem que esse seja desconfortável, claro que não se resume apenas a isto, mas é das mais importantes. Ultimamente não encontro é muita gente que possa dizer que me sinto bem mesmo sem estar a fazer conversa...Mesmo pessoas que já foram amigas/os, que com o tempo vamos estando cada vez menos, quando estamos com eles novamente volta-se a sentir o desconforto do silêncio quando já não há mais nada para dizer... Irrita-me que demore tanto tempo a estabelecer uma amizade e depois... tão pouco para a perder.

Quatro dígitos

Atingimos durante o dia de ontem o maravilhoso número de 1.000 visitas. Não sendo este o número real, uma vez que o blog teve origem a 6 de Setembro e apenas coloquei o contador a 1 de Novembro, não deixa de ser um valor a assinalar. A todos os que contribuíram, o nosso obrigado :)

Thursday, December 22, 2005

"What's the point?"

Todas as existências se justificam de uma forma ou de outra. Há sempre um acto ou um acontecimento, ao longo de cada vida, que por si só serve de motivo para a mesma. Existe, aliás, um filme de que gosto muito que fala disso mesmo, o “Signs”, onde M. Night Shyamalan pretende demonstrar que todos os acontecimentos, por mais estranhos e/ou injustos que possam parecer, têm uma justificação, um motivo, mesmo que este não seja visível ou compreensível durante anos (pena que muita gente tenha visto o filme na perspectiva errada, como se fosse um qualquer filme de aliens, quando os aliens ali não passam de um pretexto “for a higher purpose”).

Em todo o caso, não foi para falar do “Signs” que eu comecei este post. Foi para falar da justificação da existência de cada um. Seja por uma palavra a um amigo, por um gesto num momento difícil. Seja por uma música que marca uma vida de alguém (e tantas existem que marcaram milhares, estou agora mesmo a ouvir U2, mas também podia falar de Queen ou tantos outros), por um livro, por um filme, quem sabe por um simples olhar.
Muitas vezes, o mesmo conceito pode justificar várias vidas. Tal como JRR Tolkien viveu para escrever “The Lord Of The Rings” e criar todo o universo da Terra Média (e estamos a falar de um linguista, que começou por criar o “élfico” enquanto linguagem e apenas depois passou para o resto), Peter Jackson viveu para o filmar (quando até aí só tinha feito praticamente filmes gore, embora de boa qualidade para o género) e Christopher Lee para interpretar Saruman (depois de tantos filmes de terror de série B e tantos anos sem papéis de maior importância). E eu nem sequer estou a entrar em exemplos mais “grandiosos”, ao nível de todos os voluntários de iniciativas de caridade e desenvolvimento de países de terceiro mundo, de pessoas como a Madre Teresa ou Bob Geldof, de grandes políticos (sim, nem todos são corruptos ou interesseiros), de grandes economistas ou grandes cientistas nos vários ramos.
Podemos passar uma vida inteira a tentar forçar esse momento e ele pode chegar quando menos esperamos. Pena é que uma grande maioria das pessoas (quase todas) não chegue a ter a noção de qual foi. Resta-nos acreditar numa existência pós-morte em que tenhamos oportunidade de o saber.

Wednesday, December 21, 2005

Exorcize or bust!


Este “The Exorcism of Emily Rose” é um filme que alterna bons momentos com outros mais fracos. Serve acima de tudo para, como tanto insiste Tom Wilkinson numa interpretação contida enquanto Padre Moore, contar a história (baseada em factos verídicos) de Emily (excelente no papel a desconhecida Jennifer Carpenter – deve ser contorcionista), uma estudante universitária oriunda do interior que se vê (supostamente) possuída por um demónio. O filme centra-se no julgamento do Padre Moore por homicídio por negligência e utiliza os flashbacks para mostrar o que sucedeu. Curiosa a forma como o realizador nos mostra não apenas a teoria do exorcismo (utilizada pela advogada de defesa, representada por Laura Linney) como também a teoria (cientifica e baseada numa possível conjunção de epilepsia com psicose) utilizada pela acusação. No fundo, um bom filme para lançar a dúvida: Exorcismo – realidade ou mito?

RIP "Mr. McGarry"


Bem, retomando outro hábito dos papagaios (este bem mais triste), quero aqui fazer nota do falecimento de John Spencer, para muitos mais conhecido como “Leo”, o chefe de pessoal da Casa Branca, em “The West Wing”. Aqui demonstrou as suas capacidades como actor, ao representar o segundo homem na cadeia de comando do governo americano, não a nível de hierarquia mas a nível de poder efectivo, uma vez que muitas decisões não chegam ao presidente, sendo logo tomadas pelo chefe de pessoal. Entrou também em “LA Law” e teve papéis secundários em alguns filmes conhecidos, como “The Negotiator”, “Cop Land”, “The Rock”, “Forget Paris” (um personal favorite), “Black Rain” e, talvez o papel mais reconhecido, em “Presumed Innocent” ao lado de Harrison Ford.

Um filme completo


Retomando um hábito deste canto de papagaios, quero-vos falar deste "An Unfinished Life". O filme enquadra-se no estilo já habitual do sueco Lasse Hallström, que tem feito filmes de qualidade desde que foi “adoptado” por Hollywood. Não posso falar dos filmes suecos com que começou a carreira (embora acredite que sejam bons), mas só tenho coisas boas a dizer de filmes como “What's Eating Gilbert Grape” (primeiro grande papel de Leonardo DiCaprio e que lhe valeu uma nomeação - não esquecendo a prestação de Johnny Depp), “The Cider House Rules” (valeu 2 óscares em 7 nomeações – Actor secundário para Michael Caine e Argumento Adaptado), “Chocolat” (mais 5 nomeações) ou “The Shipping News”. E é por muito pouco que “An Unfinished Life” não está ao nível dos anteriores. Merecem no entanto ser realçadas as interpretações de Robert Redford e Morgan Freeman, que mostram que a idade é um posto. Não só encarnam bem as personagens como demonstram uma química forte entre eles. Também tenho de reconhecer que Jennifer Lopez está bem no papel que lhe foi entregue, mostrando qualidades de interpretação que até agora não tinha mostrado. E ainda bem que assim é, uma vez que esta é uma história feita de relações, do peso da culpa e da capacidade de perdoar, de ultrapassar barreiras psicológicas. Em resumo, um filme para todos verem e tirarem lições para a própria vida.

Wednesday, December 14, 2005

"Marcado para morrer"

Eu sei que se calhar vão pensar que se deve à falta de imaginação, mas não podia deixar de colocar aqui o editorial do Público de hoje, da autoria de Nuno Pacheco. É longo, mas vale a pena.

Soube-se logo de manhã: executaram Stanley Williams. Como n’A Colónia Penal de Kafka, alguém quis provar que a máquina funciona, na sua fria implacabilidade. Sem atentar nos pormenores sórdidos da execução, estava em causa não apenas uma vida (o que é essencial para quem se opõe, em qualquer caso, à pena de morte) mas também uma lógica. Que homem morreu, na madrugada de ontem? O violento Stanley que, aos 17 anos criou um temível gang de marginais em Los Angeles, os Crips? O condenado à pena máxima em 1981, acusado de ter morto a tiro quatro pessoas? O militante pacifista que em 1996 denunciou, em vários livros dirigidos aos estudantes do básico, a violência dos gangs que outrora ajudou a criar? O autor do livro Life In Prison? O promotor do projecto “para a paz nas ruas”, lançado na Internet com jovens de diferentes países? O homem nomeado várias vezes para o Nobel da Paz e pelo menos uma para o Nobel da Literatura? O laureado pelo Presidente dos Estados Unidos pela sua acção cívica? Quantos homens habitam num homem? Quantos por ele passam, tornando-o diferente, outro, ainda que sob a mesma identidade? Quem dirige, hoje, os destinos da América? O alcoólico displicente dos anos 70? Ou o republicano liberal e religioso dos anos 90? Quem se senta na cadeira da presidência da Comissão Europeia? O maoísta convicto dos anos 70? Ou o social-democrata dos anos 90? O que pesa mais na vida de um homem que ascende a cargos vitais para o seu país ou para o mundo? O seu passado? Ou o seu presente? Nos casos, citados, de Bush Jr. e Durão Barroso, ninguém duvidará: o seu presente. No caso de Stanley, sucedeu o inverso: apesar do caminho percorrido, apesar de uma absoluta (e reconhecida, até pelo presidente dos EUA) mudança na sua vida e personalidade, o que pesou foi apenas o passado. E por isso o mataram. Dir-se-á: uma coisa são devaneios ou erros de percurso, outra são crimes. Sem dúvida. Mas Stanley terá sido, de facto, o autor material das quatro mortes contabilizadas nos anos 70? As provas, como alertou por diversas vezes a insuspeita Amnistia Internacional, foram produzidas com base “em testemunhos de criminosos que estavam presos ou no corredor da morte pelos mais variados crimes e que beneficiaram de reduções de pena ou foram libertados em troca de testemunhos”. Na sordidez de San Quentin, a vida é apenas um negócio passageiro. Não, A Colónia Penal de Kafka não está assim tão longe da Califórnia. Porque a morte, ou melhor, o abate impiedoso de Stanley Williams serviu apenas para provar que a máquina funciona e é cega para sobreviver. Assim como sobreviveram os que, à custa da morte de Stanley, salvaram a própria pele. O mais absurdo ainda é o facto de um homem passar 24 anos atrás das grades, ser modificado por elas, alterar por completo o seu comportamento e atitude perante o mundo e, no preciso momento em que é louvado e aplaudido, tirarem-lhe a vida por um crime supostamente praticado há quase três décadas. Kafka? Não só: a execução de Stanley prova, mais uma vez, que o sistema baseado na pena de morte é não apenas injusto como repelente. Porque conseguiu o prodígio de poupar um criminoso e, muitos anos depois, matar o homem decente que nele nascera. Para ser abatido em seu lugar.

Tuesday, December 13, 2005

Parabéns

Não podíamos deixar de assinalar o dia em que o fundador deste blog faz 27 anos... está a ficar velhote. Daí ter falhas de memória, falta de criatividade, momentos de alucinação como o que teve quando foi ver o "Elizabethtown".. já que gostou :P
Querer ir à Figueira e arrastar o pobre do bU para ver um jogo de futebol... do sporting imagine-se!!!
Claros sinais de perturbação mental devido a idade avançada.
bU: é melhor seres tu a guiar pq pessoas com a condição do ryder não guiam a mais de 50km/h.

PARABÉNS :)

Sunday, December 11, 2005

Pausas...

Pedimos desculpa por este momento de menor fulgor bloguistico, mas um maior cansaço psicológico tem provocado uma quebra de imaginação nos "papagaios". Em todo caso, prometemos regresso ao nível exibicional anteriormente demonstrado.

Monday, December 05, 2005

Frio vs. Sexy


Há algo que me intriga hoje em dia. Quem sabe algum(a) leitor(a) deste blog me possa ajudar:
Está frio. Mesmo para mim, que sou bastante calorento. Ora, se está frio para mim, para uma mulher (que por razões que desconheço normalmente são mais friorentas) deve estar um gelo. Então expliquem-me o porquê da barriguinha de fora? Atenção, eu não estou a reclamar ;) Apenas estou a perguntar o porquê... E, menos compreensível ainda, as canelas ao frio! Realmente, a mulher é um bicho estranho... Se o umbigo ainda pode ser considerado sexy, e posso conceber que a vontade de agradar/chamar a atenção dos homens se sobreponha ao frio, já as canelas...(?)
Aguardo explicações (ou tentativas de...)

Wednesday, November 30, 2005

Antes e depois....

Jennifer Grey como a conhecíamos... note-se "o nariz proeminente".

Tuesday, November 29, 2005

E esta... quem é?



Um pouco diferente depois de algumas plásticas, mas vejam lá se advinham... entrou em dois grandes clássicos feitos em 1986 e 1987 e mais não digo :)

And the winner is...


Tinha de ser a nossa estimada colaboradora Whatever a acertar logo à primeira (e, não, ela não sabia mesmo quem era). Não é ao acaso que escolhemos os nossos colaboradores...
Cá está uma foto um pouco mais antiga do jovem Ralph Macchio AKA Daniel-San.

Quem é, quem é?


Este mail vem no seguimento de um dos posts anteriores (não vou dizer qual)...
A questão aqui é quem é este senhor?
Aceitam-se sugestões (apenas para quem não sabe - vocês sabem quem são). Posso garantir que toda a gente (pelo menos o género de gente que lê este blog) o conhece de gingeira. Quero comentários, gente!

Monday, November 28, 2005

Um mal nunca vem só...


Também faleceu nos últimos dias George Best, um dos grandes mitos do futebol mundial e do "meu" Manchester United, que nunca atingiu o estatuto que merecia porque se "perdeu" entre álcool e mulheres... Muitas histórias se podiam contar, mas acho que o mais importante e o que deve perdurar é mesmo a capacidade técnica deste magnífico jogador.
Para aqueles que, como eu, nunca tiveram o prazer de o ver jogar, aqui fica um pequeno video que merece ser visto.

Wax on, wax off...


Não poderia este blog deixar de assinalar o desaparecimento de uma das figuras míticas desta geração de cinema...
Se têm entre 25 e 35 anos, de certeza que percebem do que eu estou a falar...
RIP, Mr. Miyagi...

Saturday, November 26, 2005

Feelings in the shape of songs...


Antes de mais, quero admitir aqui que era inadmissível e imperdoável da minha parte ainda não ter ouvido com a devida atenção Jeff Buckley. Mesmo após vários conselhos de pessoas cujo gosto e conhecimento musical é por mim admirado e elogiado. Mas "finalmente" rendi-me a tanto conselho, e não posso estar mais arrependido... de ter resistido tanto tempo!
"Grace" é um excelente album, feito de músicas de qualidade e, acima de tudo, cheias de sentimento. Com um grande talento de composição e uma voz que não tem igual, Jeff Buckley mostra logo nesta estreia todo o seu talento. Recomendo uma audição cuidada, é daqueles CD's que, quanto mais ouvimos, melhores nos parecem. Embora goste de todas as músicas, tenho de destacar (a um nível pessoal) "Grace", "Dream Brother" e, obviamente, a interpretação (única) de "Hallelujah", um original de Leonard Cohen.
O Mississipi fica-nos a dever uns anos de vida de Jeff Buckley e, com eles, muitas sensações que novas músicas nos trariam.

Thursday, November 24, 2005

Sem comentários...

Sunday, November 20, 2005

Claustrofobia


Fobia que se caracteriza pela aversão ao confinamento ou a lugares fechados. É esta a sensação que fica depois de ser ver "Flightplan" e é ao mesmo tempo o seu maior trunfo. Sim, porque o argumento é fraco e inconsistente e a realização recorre a efeitos "fáceis" (câmara lenta, planos de longa duração) para tentar conquistar o espectador. Admito que o tal efeito-claustrofóbico até está bem conseguido, mas o filme perde-se no final. E se é verdade que as interpretações estão boas, isso só serve para provar a qualidade dos intervenientes, pois não é fácil fazer omoletes com tão poucos ovos. Sean Bean, Peter Sarsgaard e principalmente Jodie Foster demonstram porque são actores em alta (no caso de Jodie Foster, mesmo aparecendo pouco nos últimos anos) tornando este "Flightplan" num filme que, no fundo, vai terminar como um filme de suspense/acção a passar repetidamente na tv. Fica a sensação que um argumento melhor trabalhado podia ter feito maravilhas. Assim, fica um daqueles filmes que se vê e passa...

Salto alto


Amizade. É de amizade que vive este "In Her Shoes". Feito de sentimentos, com interpretações bem positivas de Cameron Diaz e de Toni Collette e uma magistral Shirley MacLaine, este filme retrata a atribulada relação de duas irmãs. É um filme simples e pouco pretensioso e talvez por isso não tenha muito a dizer sobre ele, mas que vale certamente a pena ver.
Tenho de admitir que entrei na sala de cinema convencido que ia ver um "chick flick", mas o tempo e Curtis Hanson encarregaram-se de me mostrar que estava enganado, e que apesar de ser centrado em duas mulheres e falar de relações (de amizade e de amor), é possível fazê-lo sem excesso de sentimentalismos e sem uma visão extremamente feminina da situação.

Friday, November 18, 2005

"One Art"

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

(Elizabeth Bishop)

View from CN Tower at night

Thursday, November 17, 2005

A borbulhar


Muitos são os actos inexplicáveis num ser humano… Homens e mulheres são capazes de praticar coisas impossíveis de entender. Também as preferências e os hábitos são para todos os gostos e feitios. Mas no meio de tudo isto, há coisas que se destacam.
Alguém me sabe explicar esse desejo incessante, essa necessidade extrema, essa vontade incontrolável que as mulheres sentem de espremer as borbulhas dos namorados? Pior ainda, em público??
Não pode aparecer uma borbulha num rapaz que logo aparecem duas mãos femininas estendidas na sua direcção, acompanhadas pela mítica frase: “Olha, tens aí uma borbulha… Deixa-me espremer antes que piore”. Gosto particularmente quando esta frase vem acompanhada de um argumento do tipo “Está enorme e feia!”, argumento usado claramente para mais facilmente convencer o alvo. Também não é possível ir a uma praia e não dar de caras com uma rapariga de mãos nas costas do namorado, que estará deitado de barriga para baixo. É certo que ela vai estar a espremer uma qualquer borbulha que encontrou. Ora, isto a mim parece-me bastante… hmmmm, como dize-lo de uma forma carinhosa…? Nojento!!
Como pode um ser que, por norma, se enoja com mais coisas do que qualquer outro no planeta, tirar prazer (e eu diria mesmo prazer desmedido) de espremer borbulhas até ao desaparecimento das mesmas?? E como podem sujeitar-se os namorados ao sofrimento atroz causado por esse enorme bando de sádicas? A única razão válida que vejo para isto (e lembro que não está em causa apenas o sofrimento atroz como também a humilhação por que passam) é uma espécie de regra de compensação. Algo do tipo: “Vês como eu me sujeito a momentos de dor e humilhação apenas para o teu prazer? Agora é a minha vez de escolher algo que te faça passar por dor e, quem sabe, humilhação apenas para o meu prazer…”
Só que, como qualquer homem inteligente sabe, as mulheres são mais espertas que isso… Nessa não caiem elas.

Mas como este blog também pretende ser informativo, aqui fica para os interessados.
Acima de tudo, e com origem nesse site, que fique uma ideia bem fixa na cabeça de todos, em particular delas:
“The real deal on popping zits: Dirt from your fingers can force bacteria into your pores and cause an infection, leaving you with a bigger bump and, even worse, possible scarring.”
Pensando melhor, isto até é mais para eles, para que não permitam qualquer contacto entre as mãos da namorada e toda e qualquer borbulha que lhes surja…

Z de Zero...


Talvez esteja a ser muito negativo em relação a este "The Legend Of Zorro". Talvez até tenha algo a ver com o facto de o ter visto pouco antes de ver o "Elizabethtown". Mas o que é certo é que, não sendo bem "zero", talvez não passe de um 0,5 ou 1… Ok, reconheço que tem uma ou outra boa piada, e uma ou outra boa cena de acção. Mas isso não faz um bom filme. António Banderas até está bem, Catherine Zeta-Jones também, e especialmente bem está o até agora desconhecido Adrian Alonso como filho do casal De La Vega. No campo oposto está Rufus Sewell, na minha opinião um mau actor que, depois de uma prestação aceitável em “Dark City” (e mesmo assim era o pior desse grande filme), não voltou a fazer nada de jeito. Mas, não fugindo ao “Zero” - perdão “Zorro”, o argumento é fraco e o filme arrasta-se. Bem fez o meu colega papagaio em ter escolhido “O Crime do Padre Amaro” em vez deste “Zero”… Ai, lá estou eu outra vez!… “Zorro”.

Tuesday, November 15, 2005

Life, the Universe and Everything...

Não é por acaso que cito Douglas Adams no título deste post. Apesar disso, não vai ser o post mais animado que já escrevi. Não vai ter comédia. Aliás, neste momento em que o escrevo não sei ainda exactamente o que vai conter. Apenas sei que vem desde Elizabethtown e que tudo isto não dá para entender...
No mesmo dia em que me reencontrei com uns amigos com quem não falava decentemente vai para 10 anos, um outro amigo, bem mais recente, separava-se temporariamente (espera ele e eu também) da mulher e das duas filhas. Um momento feliz, em que reencontrava uns amigos que estão ainda melhor do que há dez anos atrás (quando tinham uma filha de meses que agora já é quase da minha altura) coincide com aquele que é, para um amigo, um momento triste... Tão triste como ele ainda não tinha passado. Existe explicação para isto? Ou melhor, voltando a um momento Douglas Adams: "What's the point...?".
Muitos, provavelmente, dirão que também os que agora estão bem tiveram de passar por momentos menos bons (quem sabe até os próprios). Que é esse o "sal da vida". Mas, qual sal? O sal, quando em excesso, provoca feridas nos lábios. Experimentem um balde de pipocas salgadas e falem depois comigo.
Nas palavras de um mestre, neste caso Mike Portnoy:

"We can learn from the past but those days are gone
We can hope for the future but there might not be one"

Ninguém sabe o que nos espera, mas podemos arriscar... Os meus amigos terão certamente uma felicidade ainda maior, especialmente se o projecto que "inunda" a cabeça dele resultar como ele acredita (e eu também e quero ajudar no que puder), o meu amigo vai certamente reencontrar a sua paz junto de quem mais quer no mundo (e nisto incluo também as filhas) e, porque não, também eu terei o meu cantinho, com a minha "Claire" (vide Quero-me mudar para lá!). E tudo isto passará a fazer sentido...


Ou então não...

Countdown to extinction!



Quero-me mudar para lá!


Aqui estou eu, quase 2:30 da madrugada, antes de um dia de trabalho (o primeiro), a escrever um post sobre "Elizabethtown", o filme que fui ver hoje. Ora, antes de mais convém dizer que, se o faço agora, não é porque não tenha sono. Simplesmente este é um filme que merece. Não tenho muitas palavras para o descrever, porque acho que é um filme para sentir e não para "contar". Acima de tudo, acho que cada um vai ver e sentir este filme de forma muito diferente, e se calhar para alguns dos leitores deste blog (ou muitos, mas espero que não) este filme vai ser apenas "mais um". Mas não o foi para mim. O argumento é bem original, apesar de a base do mesmo ser uma história já tantas vezes contada. As interpretações são boas (gostei especialmente da Kirsten Dunst enquanto Claire, embora eu possa ser um pouco suspeito nesse aspecto), os exteriores são bonitos e bem capturados mas, acima de tudo, o que faz a diferença neste filme é a banda sonora e a sua interacção com a história, como aliás já é habitual em qualquer bom filme de Cameron Crowe. Para além disso, neste filme, como na minha vida, a música está quase sempre presente, uma vez que raras são as cenas sem música.
Se tivesse que dar uma nota ao filme, como o meu amigo jurássico, daria um 5/5, pelo que aconselho todos a ver o filme, e apenas uma frase mais tenho a dizer:
Quero a "minha" Claire. :)

Monday, November 14, 2005

(Mas afinal qual foi) o crime do Padre Amaro?


Confesso que não sabia nada sobre este filme antes de entrar na sala de cinema. Estava na Figueira da Foz e apenas me pareceu uma alternativa melhor ao último do Zorro...
Fiquei logo desde início surpreendido com a transposição para os dias de hoje da história e lembro-me de ter pensado qualquer coisa como "Isto não vai resultar"...
Mas até resultou.
As personagens são credíveis e, apesar de se encontrarem fora do seu ambiente original, funcionam bastante bem. A realização está dinâmica e bem conseguida sendo que acompanha esta nova vaga do cinema português mais recente: o acabar de vez com aqueles grandes planos (confesso que nunca os percebi) e, acima de tudo, com aqueles planos que parecia que nunca mais acabavam e que faziam com que ao espectador lhe apetecesse ir lá fora beber um café.
Notas positivas para a estreia em cinema da dupla principal Jorge Corrula e Soraia Chaves (as cenas de sexo estão especialmente interessantes - passe o voyeurismo) e para o veterano Nicolau Breyner. Excelentes desempenhos ainda de Nuno Melo e da dupla gay Rui Unas/Diogo Morgado. Destaque ainda para a banda sonora que, apesar de muito hip-hop (??!!), está sempre contextualizada com a acção.
Nota negativa para alguma falta de coesão notada, especialmente, na parte final do filme onde algumas cenas me pareceram feitas em cima do joelho.
Em circunstâncias normais, pelos temas que aborda, este seria um filme que abalaria as fundações da igreja em Portugal mas, como nem os padres vêem cinema Luso, pode ser que passe despercebido...
Quase que apetece perguntar, tendo em conta que o filme se passa nos dias de hoje, afinal o que é que o Padre Amaro fez de mal?

Thursday, November 10, 2005

Comentário (profissional) do dia:

"A cada dia se prova que um elevado grau de atraso mental não inibe a utilização de um PC e da internet!"

Wednesday, November 09, 2005

Umas dentro das outras


Este "Les Poupées Russes" vem (três anos depois na vida real, cinco anos passados na vida das personagens) dar sequência ao "L'Auberge Espagnole", um excelente filme sobre um conjunto de jovens estudantes de toda a Europa que se junta num apartamento em Barcelona. O tempo passou, as personagens cresceram e separaram-se e as suas vidas ganharam outra dimensão, para lá do ambiente "claustrofóbico" do apartamento de Barcelona. Novos empregos, novas relações. Tal como o primeiro, também este filme se centra sobre Xavier (Romain Duris), agora de uma forma ainda mais evidente, e Cédric Klapisch (realizador e argumentista) quer aqui dar a sua visão da vida de um "jovem" de trinta, e daquilo que se espera dele, a nível profissional e acima de tudo a nível de relações. Um filme muito interessante, e do qual me ficou uma ideia, a que dá título ao filme:
As mulheres são como bonecas russas. Vamos passando de uma para outra sem saber se será a última mas sempre com essa esperança.

Friday, November 04, 2005

Choose life...

Choose life.
Choose a job.
Choose a career.
Choose a family.
Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers.
Choose good health, low cholesterol, and dental insurance.
Choose fixed-interest mortgage repayments.
Choose a starter home.
Choose your friends.
Choose leisurewear and matching luggage.
Choose a three-piece suit on hire purchase in a range of fucking fabrics.
Choose DIY and wondering who the fuck you are on a Sunday morning.
Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth.
Choose rotting away at the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself.
Choose your future.
Choose life.
I chose not to choose life.
I chose something else.
And the reasons?
There are no reasons.
Who needs reasons when you've got heroin?
People think it's all about misery and desperation and death and all that shit, which is not to be ignored, but what they forget is the pleasure of it.
Otherwise, we wouldn't do it.
After all, we're not fucking stupid.
At least, we're not that fucking stupid.
Take the best orgasm you've ever had, multiply it by a thousand, and you're still nowhere near it.
When you're on junk you have only one worry: scoring.
When you're off it, you're suddenly obliged to worry about all sorts of other shit.
Got no money, can't get pished.
Got money, drinking too much.
Can't get a bird, no chance of a ride.
Got a bird, too much hassle.
You have to worry about bills, about food, about some football team that never fucking wins, about human relationships and all the things that don't really matter when you've got a sincere and truthful junk habit.
The only drawback, or at least the principal drawback, is that you have to endure all manner of cunts telling you that.

(Irvine Welsh)

Tuesday, November 01, 2005

Vai um Antigripine?

O meu post anterior é uma boa ilustração do “Efeito Gripe das Aves” ou, para os mais informados, o “Efeito H5N1”. Se por um lado é normal e até conveniente que o público esteja informado, este excesso de informação a que temos assistido vem ter efeitos negativos, servindo como “desinformação”. É de lembrar que em Portugal toda a gente se preocupa muito com a noticia do momento, esmorecendo passado pouco tempo. Ora, falar-se tanto de gripe das aves neste momento vai ter o efeito “Pedro e o lobo”… estamos numa fase em que o vírus ainda é de contagio muito limitado, apenas quem tenha contacto constante com esses animais vivos, principalmente sangue e fezes, corre reais riscos. Já para não dizer que, por enquanto, ainda não é transmissível entre pessoas. O que vai acontecer é que, quando a ameaça deixar de o ser e passar a certeza (entenda-se pandemia), vamos ter o belo do tuga a conviver (ou outras coisas acabadas em “er”) com as galinhas (como sempre o fez) e a dizer:
“Ora, se me dou com galinhas desde sempre e nunca apanhei esse tal vírus da constipação dos pássaros, não vai ser agora que vou apanhar!”
Isto vem na sequência de outras grandes decisões do povinho, como por exemplo, numa notícia que vi algures durante o verão, em que uma família se banhava numa praia fluvial cujas águas estavam “interditas” por poluição química, com direito a várias placas de aviso. Ao entrevistar o pai das duas crianças que brincavam dentro de água, este, em resposta à questão “então e não o preocupam os avisos?”, diz orgulhosamente:
“Eu tomo banho nesta praia desde pequeno e não tive qualquer problema até hoje, não vai ser agora que isso vai acontecer!”.
Bem, penso que desta resposta se pode retirar que realmente o que quer que seja que está a afectar a água daquela zona realmente teve um efeito forte sobre o senhor em causa, principalmente sobre a sua capacidade de raciocínio.

Outra consequência em Portugal vai certamente ser um decréscimo acentuado nos lucros dos aviários. É que o tuga acha sempre que as galinhas de aviário (em espaços fechados e sem contacto com outras aves) é que são suspeitas, em relação àquelas que andam na rua, nos quintais dos amigos e que estão muito mais sujeitas a contágio por outras aves, migratórias particularmente.

Monday, October 31, 2005

Vai começar mais uma época natalícia... HELP!

Se não me engano... é já a partir de amanhã que começam a rechear as ruas de lisboa com as decorações de Natal. Pessoas passeiam na baixa de propósito para ver este fenómeno. Perguntam se já estão as "luzes" e vão em debandada... pela Av. da Liberdade, Rossio, Rua Augusta, Praça do Comércio... quase como uma peregrinação. Tenho de admitir que detesto o Natal... supostamente época para estar com a família ser mais simpático, generoso, e no entanto se formos a uma loja, ou a um centro comercial mais parecem animais a empurrar e a lutar para se embrulhar o presente, para conseguir o melhor preço, que é feito do espírito natalício enquanto se está numa fila para embrulhar 3 pares de meias ????? O que me faz pensar... que além das decorações serem más, as prendas são ainda piores, o típico pijama, meias, cuecas, e mesmo assim um familiar meu o ano passado conseguiu superar tudo isso oferecendo-me uma caixa de 6 lápis de cor. Deu para rir e reciclar a prenda para a minha prima que ainda tem idade para brincar com essas coisas, se ainda tivesse vindo um livro para colorir... mas sem isso, não valia mesmo a pena.

E a programação na televisão??? lá vamos nós no dia 24 e 25 de Dezembro ver o Sozinho em casa pela milésima vez... ou quem sabe os gremlins.. isso sim seria uma novidade, NOT!

O que ainda safa o Natal são os doces que o acompanham, quem consegue resistir a um sonho ou a uma rabanada? Bolo rei já não digo, mas quase tudo o resto compensa.


Entretanto, na Arca de Noé...

Friday, October 28, 2005

Arremesso de calhaus


Há um desporto que me intriga… Certamente já ouviram falar do Curling. Até podem ver várias competições do mesmo com alguma regularidade na Eurosport. Resumidamente, este “desporto” consiste em, empurrando uma pedra sobre um ringue de gelo, dar-lhe impulso suficiente para que esta percorra alguns metros (cerca de 42 – sim, fui-me informar) e termine o mais próximo possível do centro do alvo. As equipas alternam arremessos (8 cada no total), e no final de cada turno de lançamentos, a equipa que tiver a pedra mais próxima do centro ganha um ponto por cada pedra antes da primeira do adversário. Oito turnos no total determinam o vencedor. Simples, não?
Ora, a grande questão é: Que raio de desporto é este e, pior ainda, porque é este desporto olímpico? Ali temos um gajo, agarrado a um calhau (polido, ainda por cima), a empurra-lo ao longo de uns metros de gelo para que este deslize até ao alvo… Já parece mau? Temos pior: a “acompanhar” o calhau ao longo dos 42 metros temos outros dois gajos com vassouras(?!) que servem para ir “polindo” o gelo, e assim aumentar a velocidade do calhau. Na sequência desta grande invenção (escocesa, segundo pude apurar), venho aqui propor que se tornem olímpicos outros desportos que espero tenham tanto sucesso como o Curling:
A malha: porque não? Sempre é mais masculino, arremessar malhas a paus colocados de pé. De realçar ainda que este desporto pode ser praticado ao lado de um café, garantindo a presença constante de cervejas frescas.
O dominó: desporto também praticado com pedras e com tanta ou mais emoção que o curling.
O bowling: Mais uma vez, um desporto praticado com pedras polidas que deslizam até um alvo final, com a vantagem de implicar algum ruído e devastação, tornando-o mais macho...

Como isto iria implicar que os profissionais de curling ficassem desempregados, sugiro que se crie uma nova modalidade olímpica, denominada Brushing, em que os atletas teriam de varrer uma sala bem longa de chão de azulejo enquanto um colega arremessa o filho ainda bebé com o intuito de o deixar a uma distancia a que já não seja possível ouvir o choro. Ou então, mais moderno, recorrendo ao uso de aspiradores. Em qualquer dos casos, os atletas teriam de estar vestidos como Criadas Francesas (se é para praticar um desporto amaricado, que o façam vestidos para o efeito).

Mais uma recomendação


Muito boa, esta semana de cinema. “Lord of War” (de Andrew Niccol, que se estreou com o interessante “Gattaca”) é um grande filme com Nicholas Cage no principal papel. Um excelente argumento (baseado em factos reais) sobre a vida de um traficante de armas (engraçado como é ténue a linha entre um negociador e um traficante de armas), grandes interpretações (destaco aqui também Jared Leto como irmão de Nicholas Cage) e uma boa realização são os motivos para que ninguém deixe de ver “Lord of War”, por muito que possa custar (talvez seja demasiado real, tornando-se um pouco pesado). A não perder.

E viveram felizes para sempre...


Um filme europeu sobre relações é sempre uma boa premissa. Se a isso juntarmos o facto de ser um drama em forma de comédia como só os franceses o sabem fazer, temos então um excelente filme. “Ils se marièrent et eurent beaucoup d'enfants“, de e com Yvan Attal, é um desses, a história de três amigos e de como cada um deles inveja a vida dos outros. Um reflexo do que é a vida real, sem rodeios (como os europeus tanto gostam de fazer, não é whatever?).
Em destaque uma magnifica cena na Virgin Megastore de Paris, ao som de Creep dos Radiohead (toda a banda sonora é muito boa e tem várias músicas de Radiohead), em que a actriz principal, Charlotte Gainsbourg, contracena, sem trocar uma palavra, com… Bem, alguém surpreendente, garanto, e que não vou revelar para não estragar a surpresa.

Calor que vem do frio.


Uma excelente fotografia de paisagens naturais é logo à partida o grande trunfo deste filme. Um documentário sobre o “ritual” de reprodução dos pinguins imperadores pode não parecer um tema suficientemente interessante para um filme. Talvez para um documentário da BBC a ver num sábado antes de almoço. No entanto, neste “La Marche de l'empereur”, Luc Jacquet conseguiu fazer um filme que nos cativa e nos entusiasma, ao acompanhar um “casal” de pinguins nesse trajecto, fantasiando o que passa na cabeça desses pinguins e utilizando-os como voz-off para nos mostrar como é difícil o processo de reprodução destes animais. Em suma: um filme a não perder, que até consegue ter a cena mais sexy de sempre em cinema entre dois pinguins. E que dizer das paisagens…

Sunday, October 23, 2005

A nossa vida não é um conto de fadas...

... mas a deles é.

The Brothers Grimm” é um divertido mas muito simples filme de Terry Gilliam, antigo membro dos Monty Python. Para quem já fez “Twelve Monkeys” e “Fear and Loathing in Las Vegas”, este “The Brothers Grimm” deixa algo a desejar.
É verdade que Matt Damon e Heath Ledger fazem uma dupla divertida, e que a história está bastante bem conseguida, pois conjuga elementos de várias fábulas de uma forma original. O “mundo” em que as personagens se movem está muito bem construído, as cidades/aldeias estão excelentes. E temos um magnifico Peter Stormare com um sotaque… genial!
Mas ficamos sempre com a sensação que falta algo ao filme.

P.S. - Realço este poster que encontrei algures por aí, e que tem um toque "Monty Pythoniano"...

Ainda bem que eram só os últimos...


Quis propositadamente deixar passar uns dias antes de escrever aqui alguma coisa sobre o filme “Last Days”.

Este filme é (levemente) inspirado no final da vida de Kurt Cobain, embora Gus van Sant tenha dito que não quis fazer o filme como uma biografia. Ora, a minha opinião sobre este filme é simples: van Sant, que considero ter tido o ponto alto da sua carreira em “Good Will Hunting” (quem sabe o truque está em apenas realizar e não escrever), acerta no alvo, isto se nos limitarmos a analisar a sua capacidade de transmissão do que ele considera como possíveis motivações para o suicídio de uma estrela rock, adorada por milhões. O problema é que o faz num filme de hora e meia, quando o poderia fazer em 20 minutos. Tudo bem que se pode entender como uma forma de, ao “cansar” o espectador, mostrar como a estrela em causa, de seu nome Blake (muito boa interpretação de Michael Pitt), também atinge um ponto de cansaço que o leva a desistir de tudo. Mas o que é certo é que a certa altura (ainda cedo no filme) a cadeira já estava a ficar cansada de mim… E cansei-me a tal ponto que até a opinião do filme piorou (e muito).
Um conselho para quem quer ver o filme: vejam em casa, no sofá e sem sono… E teria dito pior se tivesse escrito logo à saida do filme.

Wednesday, October 19, 2005

Tuga? Não, Português!


Uma surpresa positiva: “Alice” é talvez o melhor filme português dos últimos anos… Com um argumento simples mas bem construído e com interpretações de bom nível, a base estava lançada para um filme de qualidade. Mas o filme vai bem para além disso.
Uma fotografia de grande nível, uma belíssima musica composta para o filme por Bernardo Sasseti, uma produção de grande qualidade a todos os níveis (imagem/som/montagem) e, acima de tudo, uma excelente interpretação de Nuno Lopes. Uma surpresa vê-lo neste registo tão dramático, ele que apareceu a fazer o “Programa da Maria” e sketches no Herman SIC.
Não quero aqui alinhar nos elogios desmedidos que tenho visto/lido por ai. O filme tem os seus defeitos, o maior dos quais o facto de se “arrastar” em certas partes, cansando um pouco quem o está a ver. Mas é realmente de realçar quando (finalmente) vemos um filme português com uma produção ao nível de qualquer bom filme independente (seja europeu ou americano). O realizador Marco Martins, aqui na sua estreia(!!) promete trazer algo de novo ao cinema português... Vamos ver se cumpre.

"She hate me", she hate me not...


"She hate me" é o ultimo filme de Spike Lee. Pena é que não seja o seu melhor. Depois do excelente "25th Hour", um dos melhores filmes dos últimos anos e o primeiro filme em que Spike Lee foge completamente às temáticas raciais, esperava-se mais deste “She Hate Me”. Embora fugindo também a essas temáticas, a história central deixa muito a desejar. Se por um lado é uma critica às grandes empresas americanas (farmacêuticas em particular), Spike Lee aproveita também para dar algumas “alfinetadas” em GW Bush, a mais curiosa das quais durante o genérico inicial (não, não vou contar aqui). Pena é que o argumento peque por ser previsível e, nalgumas partes, seja mesmo óbvio. Para além disso, Spike Lee opta por ser demasiado “gráfico” em muitos momentos, com pormenores que são claramente dispensáveis.
Em resumo: “She hate me” é um filme fraco, muito longe da qualidade habitual dos filmes de Spike Lee e sem qualquer comparação possível com “25th Hour”.

Friday, October 14, 2005

E porque não?


Neste momento está a ser feita uma petição online para a FIFA a solicitar que a página da mesma esteja também disponível em português. No endereço http://www.petitiononline.com/FIFA2006/petition.html podem deixar a vossa "assinatura" para que o site do organizador dos Mundiais (e recordo que no próximo vão estar três selecções que falam Português - Portugal, Brasil e Angola) esteja disponível numa lingua falada por 200 milhões um pouco por todo o mundo, e que está entre as 10 línguas mais faladas, à frente da Francesa, por exemplo.

A perfect 10


Aqui está como um poster de um filme pode ter tanta qualidade como o mesmo. Tanto o poster como o filme em si merecem da minha parte um 10 em 10, para usar o sistema de avaliação ali do Morning Theft.
"The Shawshank Redemption" é o meu filme preferido e, para além disso, é um dos melhores filmes alguma vez feitos, se analisado apenas em função da qualidade. Aliás, segundo a minha fonte de informação sobre cinema, a sempre fiável Internet Movie Database, está em segundo lugar nas votações para melhor filme, com uma média igual ao líder, "The Godfather".
A partir de um conto maravilhoso de Stephen King, que fugiu ao habitual fantástico nesta história, Frank Darabont, no seu primeiro filme "a sério" conseguiu uma obra prima... Claro que para isso teve a "ajuda" das interpretações fantásticas de Tim Robbins como Andy Dufresne e de Morgan Freeman como Ellis Redding ou, como ficará para sempre conhecido, "Red".


Filmado no belissimo Ohio State Reformatory, nada falha neste filme. Os cenários, a realização, as interpretações já mencionadas, a história comovente sem entrar em exageros, mas passando por humor e algum suspense e até a forma como somos "levados" ao longo da história pela narração brilhante de "Red" - quem pode esquecer a mítica frase: "Andy Dufresne - who crawled through a river of shit and came out clean on the other side." - tornam impossível não sentirmos alguma emoção ao ver este filme.
Julgo não exagerar quando digo que esta obra (como algumas outras) justifica por si só a existência do cinema enquanto arte.

Thursday, October 13, 2005

O mundo hoje em dia...

Sem palavras...


Carta pré-eleitoral de Valentim aos idosos de Gondomar...

Wednesday, October 12, 2005

Given To Fly

He could've tuned in, tuned in, but he tuned out
A bad time, nothing could save him
Alone in a corridor, waiting, locked out
He got up outta there, ran for hundreds of miles
He made it to the ocean, had a smoke in a tree
The wind rose up, set him down on his knee

A wave came crashing like a fist to the jaw
Delivered him wings, "Hey, look at me now"
Arms wide open with the sea as his floor
Oh, power, oh

He's.. flying
Whole
High.. wide, oh

He floated back down 'cause he wanted to share
His key to the locks on the chains he saw everywhere
But first he was stripped and then he was stabbed
By faceless men, well, fuckers
He still stands

And he still gives his love, he just gives it away
The love he receives is the love that is saved
And sometimes is seen a strange spot in the sky
A human being that was given to fly

High.. flying
Oh, oh
High.. flying
Oh, oh
He's flying
Oh, oh

(Eddie Vedder)

Para não ser visto.


É esse o conceito de “Stealth”, um avião tecnicamente evoluído que não é detectado no radar e que não precisa de pilotos graças à avançada tecnologia de que dispõe. Ora, será uma grande surpresa para quem ainda não leu a história do filme se eu disser que o avião, ao ser atingido por um raio, se torna mau? E que os pilotos que colaboram no projecto é que vão ter de resolver a situação, assim demonstrando a superioridade dos humanos sobre as máquinas…? Enfim, um filme sem grandes surpresas (dá para perceber como vai acabar a meio do filme), com bons momentos de acção e alguns bons efeitos especiais, mas também com momentos fraquitos… Mais um filme de tarde de domingo na SIC, com um balde de pipocas a acompanhar.

Niagara Falls by night

A caminho das nomeações.


Cinderella Man”, o filme de segunda-feira, é Ron Howard ao seu melhor nível. Pena é que o melhor estilo de Ron Howard nunca chega a atingir o genial, mas o homem deve ter um manual do estilo “Como ganhar nomeações para os óscares em 10 lições”. O que é certo é que “Cinderella Man” não deve falhar as nomeações de 2006. E uma delas devia ser para Russell Crowe.
Já não é surpresa que Russell Crowe é um excelente actor. E que os pontos altos da sua carreira são biografias, ou historias baseadas em factos reais. Para alem de “The Insider”, que é na minha opinião, o melhor papel de Crowe (e também aquele que o trouxe para a ribalta depois de boas interpretações em “L.A. Confidential” e no pouco conhecido mas muito bom “Romper Stomper”), temos também “A Beautiful Mind”.
Sim, eu sei que também fez o “Gladiator” e até ganhou o Óscar por ele, mas pessoalmente considero esse um filme banal, muito abaixo dos anteriormente citados, em que recebeu o Óscar por clara compensação pelo ano do “The Insider”.
Mas voltando a este ultimo filme de Crowe, mais uma vez mostra a sua versatilidade (embora alguns digam que fazer de boxeur é algo natural para ele e andam por aí guarda-costas que confirmam isso). Mas também Paul Giamatti está excelente no filme. Apenas Renée Zellweger deixa um pouco a desejar, na minha opinião.
A história (verídica) é muito boa, o guarda roupa e cenários estão optimos e as cenas de combate estão bastante realistas. Tudo isto faz de “Cinderella Man” um filme a não perder, uma excelente biografia e, na história de James J. Braddock podemos ver uma história de coragem num momento difícil. Claro que, e como defeito, podemos apontar as típicas “americanices”, como a conversa da segunda oportunidade, o facto de “acreditar sempre ser o suficiente”, etc, etc… Mas se a história é verídica…