Friday, July 21, 2006

It's educational

A mesma atitude de sempre... Sem grandes (ou pequenos) diálogos...
A mesma música de sempre... Diferente, única, intensa...
A mesma Kim Deal de sempre... Completamente fora...
O mesmo Frank Black de sempre... Gutural, distante, genial...

Pixies... Sempre iguais a si próprios e a nada mais...

E nada mais foi igual desde então...

Thursday, July 20, 2006

Piada seca inventada há poucos minutos atrás...

Vives em Espanha e combinas ir beber um café com o teu amigo Paul, que é de Londres mas que está está a passar uns dias na tua cidade.
À última hora ele telefona-te e diz-te que não vai dar para ir...
Isso é o quê?



El Corte Inglês !



(Peço desculpa... Não consegui evitar colocar isto aqui...)

Cabo Espichel - 14/07/06

Eu salto!


Pelo sim, pelo não...

Sunday, July 16, 2006

Wednesday, July 12, 2006

Wish You Were (still) Here

Não podia deixar passar sem uma nota no blog o falecimento de Roger Keith Barrett (1946-2006) ou, como era conhecido, Syd Barrett, que foi, juntamente com o seu vizinho de infância Roger Waters, um dos membros fundadores dos Pink Floyd.
Barrett participou na composição de 10 das 11 músicas do primeiro álbum (e primeiro sucesso) dos Pink Floyd, de seu nome The Piper At The Gates Of Dawn (cujo título vem de um dos capítulos de um dos livros preferidos de Barrett, The Wind In The Willows). Um lançamento que foi um sucesso imediato, para uma banda que já tinha uma enorme corrente de admiradores na “swinging London” dos anos 60. gerada pelos lançamentos antecipados dos singles Arnold Layne e See Emily Play que cativaram, entre outros, Pete Townshend, Paul McCartney, Eric Clapton e até o ainda desconhecido David Bowie a serem “clientes habituais” do clube UFO, onde os PF actuavam regularmente, num misto de música alucinada e efeitos de luz psicadélicos.
Numa época em que tudo era permitido, Syd Barrett inovou na forma como tocava guitarra, percorrendo os trastes com o seu isqueiro num movimento que se generalizou entretanto, mas a sua estabilidade emocional sucumbiu ao uso excessivo de LSD, entrando no que se poderá chamar uma borderline madness em que, sem nunca ser possível diagnosticar-lhe qualquer doença neurológica, os momentos de sanidade mental rareavam, e em palco chegava a passar concertos inteiros sem mudar de nota. Afastado pelo resto da banda (não sem ter ainda composto uma música - Jugband Blues - para o segundo álbum, A Saucerful Of Secrets) por ser incomportável manter alguém que chegava a não aparecer em concertos, Barrett lançou ainda dois álbuns a solo (The Madcap Laughs e Barrett), que só vieram fortalecer a sua imagem de génio louco.
Desapareceu de cena durante os últimos 34 anos, perdido entre hospitais psiquiátricos e um retiro no campo, mas ficará sempre famosa a sua aparição-surpresa no estúdio onde era gravado o nono (!!) álbum dos Floyd (Wish You Were Here), curiosamente quando estava a ser trabalhada uma música que lhe era dedicada (numa mistura de admiração e ressentimento) a famosa Shine On You Crazy Diamond.

Submerso

Sabem aqueles dias em que tudo parece fazer sentido? O mundo está em harmonia connosco e tudo o que acontece parece fazer parte dum filme agradável qualquer...
Estou num desses raros dias...
E sabe tão bem...

Monday, July 10, 2006

E pronto... Acabou...

Findo este Mundial, sinto aquela necessidade compulsiva de comentá-lo (ou não fosse eu Português)...

4ª lugar
Antes de mais, quero deixar bem claro que me sinto orgulhoso deste 4º lugar. Para uma nação com dez milhões de habitantes e com parcas condições para a prática deste desporto, sabe bem estar entre a elite mundial da modalidade. O balanço é, portanto, quanto a mim, bastante positivo. É claro que estou triste por sentir que poderíamos ter ido mais além mas, se me dissessem antes do torneio começar que iríamos jogar no dia 8 de Julho, tenho a certeza que iria ficar em êxtase (com direito a noite de copos)...
Mas, como já alguém disse, este Mundial há-de ficar para sempre na nossa memória como o Mundial que poderíamos ter ganho...

Scolari
Ao contrário da maior parte das opiniões que tenho ouvido, não sou um grande fã deste brasileiro. Reconheço-lhe méritos imensos a nível da preparação psicológica e mentalidade de grupo mas, em quase tudo o resto, falhou redondamente. Se por um lado, neste tipo de torneios, os aspectos psicológicos são fundamentais (nenhum jogador vai aprender aspectos técnicos para a selecção), o saber escalar um onze, saber ler jogos ou fazer substituições acertadas são igualmente aspectos cruciais.
Se por um lado, desde que vejo futebol, não me lembro de ver uma Selecção Portugesa tão unida e com tanto espírito de grupo, também não me lembro de ver uma Selecção Portuguesa com tanta estrelinha, não tendo feito um único jogo que me “enchesse o olho”.
E aquela insistência no Pauleta... Porquê?

Portugal vs Angola
Contra uma das piores selecções deste Mundial, Portugal jogou qb. Após o golo madrugador limitou-se a gerir o resultado (não sem ter apanhado um valente susto perto do final que nos poderia ter custado o empate).

Portugal vs Irão
Um dos nossos melhores jogos contra uma selecção que não é nenhum bicho papão. Boa exibição e vitória incontestável.

Portugal vs México
Exibição sofrível. Dois golos madrugadores ajudaram a criar a ilusão de que se tratou de um jogo fácil. Na segunda parte os Mexicanos (com menos um jogador em campo) mandaram no jogo e falharam pelo menos três golos na cara do Ricardo.

Portugal vs Holanda
Boa primeira parte de Portugal. Na segunda parte apenas defendemos (o que é compreensível dadas as circunstâncias). Tenho a certeza de que se aquela bola do Cocu entra já não haveria pulmão para recuperar...
E tivémos ainda sorte no facto da Holanda ter um treinador chamado Van Basten que, felizmente, tem tanto de bom treinador como teve de mau ponta de lança. Expliquem-me porque é que uma equipa em superioridade numérica, com dois extremos fabulosos (Robben e Van Persie) opta por fazer chuveirinho a partir da zona intermediária durante toda a segunda parte! E, como se não bastasse, opta por este estilo de jogo com o Van Nistelrooij no banco! Vá lá um gajo perceber...
Claramente mais demérito dos Holandeses do que mérito nosso...

Portugal vs Inglaterra
Jogo muito fechado, muito poucas (ou nenhumas) oportunidades de golo, equipas muito encaixadas uma na outra e tudo muito equilibrado... Pelos menos até à expulsão do Rooney. A partir daí portugal instalou-se no meio campo adversário e mostrou ao mundo como se faz um carrocel com a bola a ir do flanco esquerdo do ataque até ao flanco oposto (e vice-versa) mas passando sempre pelos trincos ou pelos centrais no meio do processo... Tudo isto sem um remate perigoso ou um desequilíbrio... Vazio total... Valeu-nos a azelhice do Eriksson (tirar o homem mais criativo e que podia causar mais desequilíbrios no meio campo – Joe Cole – quando ficou reduzido a dez homens foi de mestre)...
E valeu-nos, claro, o grande Ricardo!

Portugal vs França
Para mim não há dúvidas. Foi mesmo penalti sobre Henry e não foi mesmo penalti sobre o Cristiano Ronaldo.
Era difícil fazer melhor. Com um Pauleta e um Deco ausentes do jogo, um Figo esforçado mas completamente nas lonas, um Cristiano Ronaldo também esforçado mas inconsequente, restou-nos um Maniche que, sozinho, nunca conseguiu impôr-se a esta (ainda) grande equipa Francesa.
Mais uma vez, Scolari devia ter mexido na equipa mais cedo e a solução penso que não passava pelo Postiga...
Um super meio campo Francês liderado por um super Zidane (ninguém lhe tirava a bola) afundou, quanto a mim, justamente uma equipa Portuguesa que, a perder desde cedo, nunca mostrou argumentos para disputar a final.

Portugal vs Alemanha
Talvez o melhor jogo de Portugal neste Mundial (para provar que o que nos inibe não são os adversários mas a pressão das grandes decisões). A sorte não quis nada connosco pois ainda com o resultado em 0-0, falhámos duas ou três excelentes ocasiões de golo.

Jogadores que mereciam mais

Ricardo – Só falhou quando ninguém podia levar a mal: no primeiro golo da Alemanha. De resto, um Mundial irrepreensível recheado de boas intervenções e com entrada directa no Livro de Ouro dos Mundiais: primeiro guarda-redes a defender três grandes penalidades numa série de cinco.
Ricardo Carvalho – Grande torneio! A provar que é um dos melhores centrais da actualidade. A título de curiosidade refira-se que o momento em que deixei de acreditar que íamos ser campeões do mundo foi o momento em que o Ricardo Carvalho viu o cartão amarelo contra a França.
Fernando Meira – Surpreendeu-me bastante. Seguríssimo. Nunca comprometeu (que é o que se pede a um central).
Miguel – Seguro a defender e acutilante a atacar. Um dos melhores Portugueses no torneio.
Maniche – Enorme! Pressiona, corre o campo todo, ataca, defende, joga e faz jogar. E é o único português com o culto de chutar fora da área (e como o faz bem).
Figo – A classe do costume, cada vez mais esbatida por uma falta de força cada vez mais notória... Começou o torneio em grande e foi descendo gradualmente... Mas nunca desiludiu e acabou a carreira na Selecção da forma mais emblemática possível: um centro teleguiado “à Figo” para a cabeça do Nuno Gomes.

Jogadores que mais valia terem visto o Mundial na SporTV

Costinha – O que raio foi aquilo contra a Holanda? Mas este gajo é parvo ou quê?
Deco – A um jogador com esta classe pede-se mais do que um golo de antologia frente a uma equipa do Médio Oriente. E aquele lance contra a Holanda podia ter deitado tudo a perder...
Pauleta – Porque é que eu tinha a sensação que estávamos sempre a jogar com dez jogadores quando ele estava em campo?

Itália
Foram passando, passando, passando (a maior parte das vezes sem saber como) até que... "Olha...! Ganhámos isto!"

Zidane
Para mim, a par do Figo, o melhor jogador pós-Maradona. Não vou ficar com má impressão dele devido àquele lance da final porque, felizmente, acompanhei a sua carreira e sei que não foi a dar cabeçadas em adversários que ganhou fama. Vou ficar com a impressão de que era um jogador fantástico que não levava desaforos para casa e que cegava quando era insultado.

Sunday, July 09, 2006

King exibe os melhores do ano

Para quem gosta de cinema e quer rever, ou ver algum filme que na altura tenha perdido, aqui está mais uma chance.

Tuesday, July 04, 2006

A seguir: Figueira da Foz

Pois é... Uns diazinhos na Figueira vêm a calhar. E aproveito para dar continuidade à superstição deste Mundial: ainda não vi um jogo no mesmo sítio. A saber:
- Portugal vs Angola em Siena (Itália);
- Portugal vs Irão em Odivelas;
- Portugal vs México em Lisboa;
- Portugal vs Holanda em Sintra;
- Portugal vs Inglaterra na Parede.