Uma obra-prima!
O filme do ano de 2005!
Exagero? Talvez não, pois foi esta a sensação com que fiquei ao sair da sala depois de ver este “Jarhead”, o novo filme de Sam Mendes.
Baseado num best-seller de um ex-marine dos EUA destacado para o Golfo Pérsico, antes e durante o conflito com o Iraque, este filme pode vir a representar para a Guerra do Golfo o que “Apocalipse Now” representou para o Vietname. Aliás, não será certamente por simples coincidência que o filme do “pai” Coppola é referenciado por Mendes. Existem outras referências, como por exemplo a “Full Metal Jacket” de Kubrick, mas que só servem para melhor ilustrar o que se pretende: aquilo que significa, para jovens inexperientes e mal preparados para o que vão encontrar, estar longe de casa, num local deserto (e deserto tem aqui mais do que um significado), em constante pressão psicológica e sem saber o que os espera. E não há dúvidas que Sam Mendes o consegue, colocando-nos no lugar de Anthony Swofford (numa enorme interpretação dum musculado Jake Gyllenhaal, com um registo bem diferente de “Donnie Darko” - chegará para Óscar? - e muito bem rodeado por Peter Sarsgaard e Jamie Foxx), através duma realização genial que, por exemplo, nos mostra sempre imagens ao nível dos olhos, não havendo planos superiores, procurando dessa forma que a nossa visão do conflito seja aquela que tem um soldado. De destacar também a fotografia de Roger Deakins (Óscar já!), nomeado anteriormente por filmes como "The Man Who Wasn't There", "O Brother, Where Art Thou?", "Kundun", "Fargo" ou o inevitável "The Shawshank Redemption" (está tudo dito).
Convém não esquecer a banda sonora, num nível superior ao de "American Beauty", e que vai de Nirvana a Bobby McFerrin, de Tom Waits a Naughty By Nature.
Um filme a não perder por quem goste de bom cinema.
Wednesday, January 18, 2006
Zero só no nome
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1 comment:
Depois da boa impressão com que fiquei do trailer tenho mesmo de ir ver...
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