Friday, January 20, 2006

O truque para conseguir voar

Teoricamente, é muito simples...
Consiste, muito simplesmente, em cair no chão e falhar.
E perguntam vocês, "Cair no chão e falhar? Mas como é isso?" Pois... Esta é que é a parte prática (portanto, aquela outra parte que não é assim tão simples).

Consiste no seguinte. Imaginem que escorregam e sentem que, invariavelmente, vão cair no chão. Analisemos agora ao pormenor os milésimos de segundo entre o escorregamento e o impacto. Nesse intervalo de tempo é certo e sabido que não há quem consiga pensar noutra coisa senão no que está a acontecer*.
Imaginemos agora que, durante esses fatídicos milisegundos, acontece algo tão extraordinário por perto que nos distrai, fazendo-nos esquecer que tropeçámos.
É um facto assente que, neste caso, o corpo não cai, falhando redondamente o chão.

Esta técnica, sendo difícil de dominar ao início, vai-se tornando cada vez mais fácil na medida em que a quantidade de extraordinariedade (que bela invenção, esta) do acontecimento que nos distrai é progressivamente menos necessária. Desta forma, voadores já experimentados conseguem facilmente distrair-se apenas com qualquer coisa como o vislumbre do seu relógio de pulso e o consequente pensamento: "Epá, já é tarde!".

E pronto, agora que já sabem o truque, é começar a praticar.
E bons vôos!




* Um estudo estatítisco revela que "Foda-se!", "Ups!" e "Já fui..." são os pensamentos mais comuns.

14 comments:

whatever said...

eu gosto é da cara das pessoas no momento em que escorregam... e se apercebem "I'm going down" looool... começa pelo esbugalhar dos olhos... o abrir da boca... loool e todos os músculos da cara começam a formar uma expressão de pânico... simplesmente "priceless"

bone daddy said...

Exacto! O truque é conseguir não fazer isso...

LuMa said...

Podias dar formação pelos lares de idosos de todo o país, é que existe um sem numero de idosos que gostava de saber esse truque antes de cair e partir o colo do fémur e ficar para sempre com um problema bicudo :p
Mas não consigo deixar de, pelo menos, esboçar um sorriso cada vez que vejo um desses acontecimentos, como a b. diz, é "priceless". E para além do esgar, da boca aberta e dos palavrões, não podemos esquecer da vã tentativa de equilíbrio, lol.

Ryder said...

Não sei bem porquê, vem-me à cabeça uma situação algo semelhante de alguém, com uma bola de bowling na mão, a tropeçar - de costas - no local onde estão as bolas que foram utilizadas anteriormente e a cair, primeiro o braço que segura a bola, naturalmente, e apenas depois o resto do corpo. Estranhamente, e por mais que tente, não consigo imaginar a cara de quem cai numa situação destas...

whatever said...

ha ha ha... pois.. por experiência própria visto que sou a protagonista desse filme de terror, a cara é de puro pânico e vergonha mesmo antes de chegar ao chão, existem testemunhas que ficaram no chão a rir... cerca de 30 minutos... e mesmo uma semana depois ainda soltavam risadas... Muito Mau!

whatever said...

Mas por favor... não me deixem nesta posição sozinha... contem os vossos "pseudo-vôos", partilhai...

el_olive said...

bem ... isso envolvia falar de como parti os braços nao ...nao ...nao...nao...nao...nao ...já mencionei nao:p

el_olive said...

mas ja mencionei que ia e vou frequentemente contra postes, paredes etc e tal?

whatever said...

eu já fui contra uns quantos vidros... :P

Ryder said...

Bem, não tenho possibilidade de partilhar a minha grande queda na sua plenitude, isto porque se deu quando, há uns valentes anos, tolhido por uma falta de sangue a circular no alcóol, escorreguei em pleno Parque das Nações, festa do caloiro, no meio de algumas dezenas de pessoas. Fiquei estatelado ao comprido num chão molhado e ainda perdi os meus óculos (desta
última parte só me apercebi na manhã seguinte, o que penso que elucida bem sobre o meu estado). Tenho no entanto que admitir que não foi tão grave como outras histórias, não porque não tenha sido hilariante ou humilhante (ou qualquer outro adjectivo menos positivo que queiram usar), mas acima de tudo porque o meu estado nesse momento associado ao facto de me ter perdido do pessoal conhecido com que estava, faz com que não tenha sido gozado por ninguém conhecido, e nem sequer me recorde do resto das pessoas a rir.

el_olive said...

damn ... lucky bastard !!!

Esmifra said...

nao pensem no chao... apreciem o momento de liberdade total antes de serem parados subitamente pelo chao.

Como custumo dizer nao e a queda que me assusta mas sim a paragem.

Mike Monteiro said...

... ou em alternativa um bom curso de paraquedismo. Bora? ;)

bone daddy said...

Epá, infelizmente, o meu problema de vertigens não me deixa meter em aventuras pára-quedísticas...