Wednesday, January 11, 2006

Jardineiro constante, filme inconstante


Depois de “Cidade de Deus” e todo o hype que se gerou à volta de Fernando Meirelles (incluindo 4 nomeações para os Óscares), esperava-se mais do seu novo filme, “The Constant Gardener”, já “patrocinado” por Hollywood. Ainda para mais com um argumento de John le Carré, sempre eficiente quando toca a thrillers políticos ou de espionagem. O filme não desilude, é certo, graças à qualidade do argumento e a uma interpretação contida mas de grande nível de Ralph Fiennes, mas tem uma grande falta de consistência a nível de ritmo, intercalando cenas que parece que se arrastam com cenas em que a acção passa demasiado depressa. Em resumo, vale a pena ver pela actualidade da historia (ficcional mas com fundamentos reais) e pela interpretação, mas fiquei com vontade de ver, isso sim, um próximo filme de Meirelles, esperando que consiga dar seguimento à enorme qualidade de "Cidade(…)" e não apenas a alguns bons momentos que teve neste Jardineiro…

3 comments:

Anonymous said...

Grande análise ao filme, Ryder. Concordo com tudo aquilo que disseste: o filme nao desilude mas as expectativas com que entramos na sala de cinema - por culpa do argumento, do actor em questao e do realizador e respectivo currículo - acabam por nao ser plenamente preenchidas.
Dado o benefício da dúvida, ficamos à espera do filme que se segue...

Andy said...

Pois eu nao achei grande análise ao filme. E já agora, aproveito para perguntar se nao há mais nenhum adjectivo para qualificar interpretaçoes para além de "contida"?
"Tom Wilkinson numa interpretação contida" - post Emily Rose
"interpretação contida mas de grande nível de Ralph Fiennes" - post Jardineiro.
And so on, and so on...

Ryder said...

Andy amigo, usar duas vezes a mesma palavra em duas análises de um lote de mais de vinte... Peço desculpa se não estou ao seu nível jornalístico :P