Friday, March 31, 2006

Lost

Isto era o post original, mas depois o ryder lá colocou alguma coisa :P

"24 de março, a última vez que alguém escreveu qq coisa aqui... visitantes devem abrir este blog e pensar que já foi abandonado... Ryder: não tens ido ver filmes? não queres espetar aqui umas letras de canções ou argumentos para preencher "lacunas" ? Ficaste maravilhado com o "puro génio" dos queen... e ficaste sem inspiração para escrever aqui qq coisita.
bU: foste multado, tiveste de largar 60 euros à emel, é chato eu sei... uma vez larguei 90 e tive de andar a telefonar à dita empresa para saber onde me tinham "guardado" o carro... mas podias contar aqui as tuas aventuras com a emel, as tuas novidades... o que achaste do "Dirty Dancing"... :)
Já repararam no fenómeno "Lost"?
A minha família directa ( com excepção do meu pai ) anda completamente viciada naquilo. Quando souberam que eu tinha a second season até ao episódio 11 até gritaram... e estilo cartoon os olhos quase que saiam das órbitas... "Tens de nos arranjar isso" ( A sério que cheguei a ter medo... nunca tinha visto a minha mãe assim ). Nos dois dias que levei a fazer as devidas cópias, recebia telefonemas a perguntar se tudo estava a correr bem e se precisava de alguma coisa...nem doente a atenção era tanta. Na altura da distribuição da "droga" foi o tempo de me arrancarem os cd's e desaparecerem durante horas para saciar o vício... Esta segunda série é composta por 16 episódios, já consegui arranjar até ao 15. Infelizmente, quando gravei os episódios 12 e 13, 14 e 15, enganei-me e gravei o 11 e o 13... nem 5 minutos depois de ter largado a mercadoria, já recebia queixas... "Falta o 12, não posso seguir sem ver o 12... quando é que podes corrigir isto... " notava-se tensão na voz... é impressionante..."

Violência gratuita


O novo filme de David Cronenberg, “A History Of Violence”, é um retrato cru do que é uma escalada de violência e dos efeitos que a mesma pode ter na vida de alguém. Mas é um retrato diferente, feito de um misto de vários componentes como a piada simples e a ironia subtil, o amor do pequeno toque e o sexo bruto, a violência gráfica e a violência “apenas” implícita. Cronenberg é um excelente realizador com uma visão muito própria e prova-o nesta adaptação de uma “graphic novel”. Viggo Mortensen, aqui bem longe do registo que o celebrizou como Aragorn, está bem no papel principal tal como Maria Bello, mas é a William Hurt que cabe brilhar em apenas 10m, que lhe valeram uma justíssima nomeação. Nomeado foi também o argumento, que lança algumas questões interessantes. Resumindo, mais um filme a ver e mais uma prova de que 90% das nomeações para melhor argumento justificam a ida ao cinema.

Friday, March 24, 2006

Puro génio

Juntamente com o filme abaixo falado, chegou-me o DVD do Making Of de “A Night At The Opera”, dos Queen, considerado um dos melhores álbuns de sempre. Assim que cheguei a casa aproveitei para ver o DVD e só posso dizer que é algo que deve, perdão, TEM DE ser visto por todos aqueles que gostam realmente de música e que gostam de a estudar ao pormenor nunca ignorando o produto final. Se é verdade que eu sou um pouco suspeito pois considero que os Queen foram, são e serão a maior banda do planeta, não deixa de ser impressionante ver onde se pode chegar quando se dá liberdade criativa a quem é genial. Da forma leve e divertida como surge “Seaside Rendezvouz” à agressividade do rock em “I’m In Love With My Car”, do recado bem directo ao antigo manager em “Death On Two Legs” à surpreendente destinatária de “Love Of My Life”, da guitarra trabalhada para soar como uma orquestra em “In Good Company” à viagem espacial retratada em “’39”, do jogo de vozes que vem de um sonho de Brian May em “The Prophet Song” à leveza nostálgica de “Lazing On A Sunday Afternoon”, terminando na pura genialidade criativa demonstrada em “Bohemian Rhapsody”, aquela que foi eleita em várias votações a musica do Século XX. É impossível passar ao lado daquele que foi um groundbreaking album em vários aspectos, como o facto de ter um single de seis minutos com secções de ópera e rock misturados ou o videoclip que fugia ao habitual na altura (que passava por filmar a banda a tocar). Imperdível!

The Hacker’s Manifesto

Estava a conversar com o bU sobre o facto de ter encomendado o DVD do “Hackers (um filme de culto no meio, que embora esteja longe de ser factual, faz um bom trabalho no que toca a transmitir o que é o espírito Hacker) na Amazon, quando fui ao sempre fiável IMDB. Lá fui espreitar as quotes do filme (algumas são excelentes) e encontrei uma parte do “The Hacker’s Manifesto” que é lida numa determinada cena. Nunca tinha tido a curiosidade de ir ler o manifesto na sua totalidade, mas após esta conversa lá fui eu ao Google e descobri que foi escrito em 1986 (já fez 20 anos!) por um Hacker conhecido como “The Mentor” que tinha acabado de ser preso. Aqui fica, pois achei um texto bastante interessante.


\/\The Conscience of a Hacker/\/
by
+++The Mentor+++
Written on January 8, 1986

Another one got caught today, it's all over the papers. "Teenager Arrested in Computer Crime Scandal", "Hacker Arrested after Bank Tampering"...
Damn kids. They're all alike.

But did you, in your three-piece psychology and 1950's technobrain, ever take a look behind the eyes of the hacker? Did you ever wonder what made him tick, what forces shaped him, what may have molded him?
I am a hacker, enter my world...
Mine is a world that begins with school... I'm smarter than most of the other kids, this crap they teach us bores me...
Damn underachiever. They're all alike.

I'm in junior high or high school. I've listened to teachers explain for the fifteenth time how to reduce a fraction. I understand it. "No, Ms. Smith, I didn't show my work. I did it in my head..."
Damn kid. Probably copied it. They're all alike.

I made a discovery today. I found a computer. Wait a second, this is cool. It does what I want it to. If it makes a mistake, it's because I screwed it up. Not because it doesn't like me...
Or feels threatened by me...
Or thinks I'm a smart ass...
Or doesn't like teaching and shouldn't be here...
Damn kid. All he does is play games. They're all alike.

And then it happened... a door opened to a world... rushing through the phone line like heroin through an addict's veins, an electronic pulse is sent out, a refuge from the day-to-day incompetencies is sought... a board is found.
"This is it... this is where I belong..."
I know everyone here... even if I've never met them, never talked to them, may never hear from them again... I know you all...
Damn kid. Tying up the phone line again. They're all alike...

You bet your ass we're all alike... we've been spoon-fed baby food at school when we hungered for steak... the bits of meat that you did let slip through were pre-chewed and tasteless. We've been dominated by sadists, or ignored by the apathetic. The few that had something to teach found us willing pupils, but those few are like drops of water in the desert.

This is our world now... the world of the electron and the switch, the beauty of the baud. We make use of a service already existing without paying for what could be dirt-cheap if it wasn't run by profiteering gluttons, and you call us criminals. We explore... and you call us criminals. We seek after knowledge... and you call us criminals. We exist without skin color,
without nationality, without religious bias... and you call us criminals.
You build atomic bombs, you wage wars, you murder, cheat, and lie to us and try to make us believe it's for our own good, yet we're the criminals.

Yes, I am a criminal. My crime is that of curiosity. My crime is that of judging people by what they say and think, not what they look like. My crime is that of outsmarting you, something that you will never forgive me for.

I am a hacker, and this is my manifesto. You may stop this individual, but you can't stop us all... after all, we're all alike.


+++The Mentor+++

Para que esteja na dúvida sobre o que é um Hacker, ou porque é que (na minha opinião) ser Hacker não tem nada de errado, sugiro a leitura deste site, com uma boa discussão sobre Hacking vs Cracking.

Tuesday, March 21, 2006

Monday, March 20, 2006

Questionário Perfeito!

Your Theme Song:

"Bohemian Rhapsody", Queen

'What is your theme song?' at QuizGalaxy.com

Com o devido agradecimento à El_Olive (juro que não fiz batota!).

Uma história americana

Eu sei que a situação que vou relatar é tipicamente americana, mas penso que é merecedora de ser mencionada. É uma demonstração clara de onde se pode chegar quando se acredita nas próprias potencialidades. Jason McElwain tinha sido diagnosticado como autista aos dois anos. Apenas começou a falar aos cinco, mas sempre mostrou ser alguém com força de vontade forte, e com uma auto-confiança que surpreendia os que o rodeavam. Sempre adorou Basketball e quando chegou ao liceu tentou por mais de uma vez entrar na equipa. Mas, fosse por ser mais baixo ou por não ter todas as qualidades necessárias, nunca conseguiu ganhar um lugar. O treinador da equipa, sabendo do empenhamento de Jason chamou-o para ajudar, fosse para anotar as estatísticas nos jogos, ajudar nos treinos ou qualquer outro modo de participar e ajudar. Chegando ao último jogo do campeonato, com a posição na tabela já definida, o treinador convocou Jason, o que fez com que o pavilhão enchesse, já que Jason era um dos rapazes mais populares na escola pelo seu feitio prestável e boa disposição constante. A quatro minutos do fim e com praticamente 20 pontos de avanço, o treinador fez entrar Jason, o que por si só criou entusiasmo na plateia. Depois de falhar os 2 primeiros lançamentos, Jason marcou 20 pontos em 3m, entre os quais seis lançamentos triplos, para delírio nas bancadas. Vejam o vídeo aqui e leiam a história aqui, se vos interessar.
Já se fala em filme da Disney (seria de esperar outra coisa?), mas Jason agora só diz que quer entrar na faculdade.

Friday, March 17, 2006

Um desafio é um desafio ( 3 )

Desafiado pela Papoila do orvalho para pirilampos vejo-me “obrigada” a participar numa espécie de “corrente de blogs”. Passo a explicar:«Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do ‘recrutamento’. Ademais, cada participante deve reproduzir este ‘regulamento’ no seu blog.»

Eu já tinha colocado as minhas manias no comentário ao post do ryder, mas como um desafio é um desafio, perdoem-me o copy paste... mas tem de ser :P

1- não conseguir dormir com as orelhas destapadas.
2- posso andar descalça, mas sempre com meias, não suporto andar sem nada nos pés.
3- não gostar que toquem quando querem passar, basta pedirem "com licença"
4- chamar-me tocando com o "dedo indicador" no ombro ou no braço... as pessoas têm nome, usem-no.
5- deixar sempre qq coisa no prato, ou no copo, já conhecido pelo "sujo

Não me lembro de ninguém para desafiar... "sowy"

Etiqueta



Achei isto tão bom que tive de partilhar convosco...

Thursday, March 16, 2006

Momento único...

Existem momentos na história de um país que têm o condão de mudar a vida de todos aqueles que tiveram a sorte ou o azar de os presenciar. No complexo mundo musical português, não foram muitos os momentos dessa importância. Talvez o aparecimento de António Variações, a Amália a actuar no Olympia, a tournée dos Madredeus pela Ásia sempre com lotações esgotadas e mais alguns momentos que agora não me recordo (não serão muitos, que o nosso mundo musical é algo limitado).
Mas há um momento inesquecível, daqueles que fica gravado na mente das pessoas como uma marca no lombo de uma vaca, que fica para a história como ficou o bigode do Hitler, que faz sentir uma necessidade de rir e chorar em simultâneo, devido à grandeza e importância do momento e aos sentimentos contraditórios que o mesmo provoca.
A importância, a complexidade, o espanto, a perplexidade, a quebra de tensão, no fundo a mistura de tudo isto provoca uma tal sensação de impotência que decidi, para não correr o risco de provocar a morte de um leitor mais desprevenido que abrisse o blog sem um aviso prévio, colocar a foto – é mais que uma foto, é um tratado! – alojada noutro ponto e deixar aqui apenas um link para ela.
Respirem fundo, sentem-se bem encostados para o caso do desmaio, arranjem um saco para enjoo para o caso de a emoção ser tão forte que vos altere o normal funcionamento do organismo, façam o que quiserem mas estejam preparados para algo… que não sei explicar.
Carreguem então aqui quando acharem que devem.
Com os devidos agradecimentos à Wendy que forneceu a foto. E não, não é uma montagem!

Wednesday, March 15, 2006

Um desafio é um desafio! (2)

Desafiado pela Papoila do Blog Orvalho para Pirilampos, vejo-me “obrigado” a participar numa espécie de “corrente de blogs”. Passo a explicar: «Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, blá, blá, blá (...)>> O resto já vocês sabem (ver post abaixo)...
Sem mais demoras (e desta vez a sério) cá vão elas:


1 - Ora, eu consigo ficar (e fico, ocasionalmente) sem pensar em nada durante vários minutos seguidos... Branca total! Barulho de árvore a cair na floresta quando não há ninguém a ouvir! Nirvana! Esse tipo de coisa. (Há quem diga que eu me devia dedicar a dar formação de Yoga porque este é suposto ser o objectivo último desse pessoal)...
Apesar de muitas vezes entrar neste estado de letargia involuntariamente, consigo fazê-lo sempre que quero. Acho que, para além de caso clínico, posso considerar isto uma mania uma vez que dou comigo a fazê-lo várias vezes.

2 - Quando ando de carro, uso o pisca até à exaustão. Quando digo até à exaustão é isso mesmo que quero dizer. No meu carro anterior "gastei" a manete do pisca tendo esta de ser substituída por uma nova...

3 - Quando me presto a uma actividade qualquer como por exemplo arrumar o quarto ou a sala, acabo invariavelmente por perder-me no meio daquilo que estou a arrumar (sejam livros, fotos ou outros objectos que não via há muito tempo) e acabo por deixar a arrumação propriamente dita para daí a uns dias...

4 - Quando estou a beber um sumo qualquer de que gosto (néctares e afins) tenho extremas dificuldades em parar. Seja do copo ou directamente da embalagem (que é para não dizer pacote). O único método para fazer uma embalagem durar mais tempo é ir enchendo um copo aos poucos, porque uma vez levado à boquinha só de lá sai quando acaba...

5 - Fazer apostas comigo mesmo quando vou a andar na rua. Coisas do tipo: "Aposto que daqui até aquele poste são menos de 30 passos" (é muito mau, eu sei)...


Não desafio ninguém para fazer isto uma vez que os 5 desafiados oficiais pelo The Live Parrot já o foram...

Tuesday, March 14, 2006

Um desafio é um desafio!

Desafiado pel’Apipocamaisdoce, vejo-me “obrigado” a participar numa espécie de “corrente de blogs”. Passo a explicar:
«Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do ‘recrutamento’. Ademais, cada participante deve reproduzir este ‘regulamento’ no seu blog.»
Cumpridas as formalidades, passemos às manias:

1 – Problema em estar só em determinadas situações. Tenho uma total incapacidade de ir ao cinema ou almoçar/jantar sozinho. Stresso, a comida nem me sabe bem e em 10m estou fora do restaurante. Já quanto ao cinema, recuso liminarmente sequer a hipótese.

2 – Adoro conduzir. Meto-me no carro e conduzo horas seguidas sem parar. Odeio parar a meio de viagens, só em caso de extrema necessidade (fisiológica ou por cansaço). Quando por algum motivo não estou bem, pego no carro e vou dar voltas só pelo prazer de conduzir. Certa vez, com uma disposição terrível, saí pela Ponte Vasco da Gama e fui pela A12 até Setúbal, só para voltar pela A2 e passar pela 25 de Abril.

3 – Sou péssimo para as compras. Para além de detestar idas prolongadas a centros comerciais, o meu método de compra é algo peculiar: não me demoro mais do que alguns segundos em cada loja, passando o olhar rapidamente pela roupa em exibição e, apenas se gostar logo à primeira de alguma coisa, compro imediatamente, mesmo que não seja a mais barata. Sou capaz de percorrer um Colombo inteiro à procura de um par de ténis, correr todas as lojas que tenham qualquer tipo de sapato e sair do Colombo de mãos a abanar passado apenas 15m. Já o oposto acontece em FNAC’s e áreas de música/DVD de supermercados, onde passo horas a vasculhar as promoções uma a uma.

4 – Guardar/ter coisas não muito comuns: Bilhetes (tenho de todos os tipos mas sempre de sítios onde estive, desde um bilhete de autocarro de Malta a um bilhete do Metro de Madrid – obrigado Princesa ;) -, bilhetes de cinema - todos, e pelo ritmo a que vou podem deduzir o tamanho da colecção -, bilhetes de jogos de futebol, bilhetes de concertos e qualquer outro evento a que vá, etc.) e Cachecóis de clubes/selecções de Futebol (se forem a um país qualquer falem comigo antes, vou-vos pedir um ou outro). Também faço questão de ter CD’s ou DVD’s originais, quando tenho a possibilidade de arranjar cópias facilmente.

5 - Apesar de saber da hipocrisia e dos “jogos de cintura” presentes na escolha dos premiados, não consigo desligar-me dos Óscares. Planeio a visualização dos filmes nomeados com cuidado, estudo os candidatos, faço a noitada para ver em directo, junto-me com um grupo de amigos “aficionados” (se for preciso até vou a Madrid para isso), fazemos apostas, vibramos com as justiças e as injustiças…


Não podendo desafiar os colegas papagaios pois são do mesmo blog (mas desafio-os a responder nos comments), desafio a participar nesta “corrente”:

Papoila do blog Orvalho Para Pirilampos
Morning Theft do blog Morning Theft
Wendy do blog Jellyfish Likes To Fly
Lobístico do blog 100 Sentimentos
NAM do blog NAM… Lixes

Pôr-do-sol no Retiro (Madrid)

Para os mais distraídos...

Queria só aqui informar que o Inverno terminou oficialmente...
Isto porque, porra, já tinha saudades de não sentir frio de manhã!

Em cheio

Good Night, and Good Luck” é o segundo filme de George Clooney enquanto realizador. E que segundo filme! Pegando na história de Edward R. Murrow, um jornalista da CBS - juntamente com o seu produtor Fred Friendly - que se atreveu a desafiar o senador McCarthy, senador esse que nos anos 50 resolveu encetar uma perseguição a tudo o que fosse, parecesse ser ou sequer soasse como comunista nos Estados Unidos, Clooney utiliza uma excelente fotografia a preto-e-branco para que possa intercalar imagens de arquivo com o seu filme sem que se note qualquer ruptura. David Strathairn, até aqui reduzido a papéis e/ou filmes secundários, dá uma lição de interpretação no papel do jornalista sério mas empenhado, que lhe valeu inclusivamente uma nomeação para o Óscar de Actor Principal. Curioso é também ver como um tema com 50 anos e que aparenta ser tão localizado no tempo consegue ao mesmo tempo ser tão actual.

Onde está a originalidade?

North Country” é um daqueles filmes que parecem feitos por medida para uma candidatura a Óscar. Charlize Theron volta a mostrar capacidades e conseguiu mesmo nova nomeação, depois da vitória com “Monster”. Só que a temática do filme é bastante desinteressante, ou melhor, tem muito pouco de original. Baseado numa história verídica sobre o primeiro caso de assédio sexual a ser bem sucedido em tribunal, o filme retrata também a discriminação que as mulheres sofreram quando quiseram começar a trabalhar nas minas de carvão. Mas se a história em si não é marcante, pelo menos não pela originalidade, já as interpretações de Frances McDormand (brilhante!) e de Sean Bean merecem todos os elogios, para além da já falada Charlize Theron.

Monday, March 13, 2006

Objectivo... Superado?


Não podia deixar de assinalar o dia 13 de Março. Não por ser um feriado importante, mas porque hoje faz aproximadamente um mês em que não pego num cigarro. Tem sido complicado... e ainda não comecei a sentir as melhorias a nível de saúde. "Ficas com mais energia"... really? ainda não notei diferença. O que noto realmente é que como muito mais... e em termos monetários também fico com mais para gastar noutras coisas. Ainda tenho um longo caminho a percorrer... mas já passaram 28 dias... devia ser como os AA... do I get a medal?

Sunday, March 12, 2006

Madrid, Posters e Óscares

Tive oportunidade de ir passar uns diazitos a Madrid, juntamente com a habitual “trupe dos Óscares” (com mais de 10 anos de história), que é composta por: Príncipe, Princesa, Menina, Sôtor e eu próprio (se bem que o Sôtor é mais conhecido pelo seu roncar constante ao longo da cerimónia). Para além deste grupo, pudemos também contar com a participação especial d’Apipocamaisdoce, doravante tratada por Pipoca. Foram excelentes dias, bem divertidos, em que tive oportunidade de conhecer a capital dos “nuestros hermanos” (com quem admito que não vou muito à bola). Para aqueles que possam lá ir, recomendo um passeio pela Gran Via, a visita ao Museu do Prado, as Praças de Espanha, de Colombo (ou Cólon, como lhe chamam por aquelas bandas – onde está a maior bandeira de Espanha), Cibeles (conhecida por ser onde o Real Madrid comemora as suas vitórias) e tantas outras. O Palácio Real, o Santiago Bernabeu, o Retiro (um parque que bem falta fazia em Lisboa), a Puerta del Sol com o famoso Km 0 (ver foto) e outras coisas que agora não me lembro :P.
Em todo o caso tenho de reconhecer que, se a viagem foi excelente pela companhia e pelo divertimento, Madrid não é uma cidade que me tenha deixado com vontade de lá voltar, pelo menos nos tempos imediatos. Não sei o quê, mas falta ali qualquer coisa. Independentemente disso, os meus agradecimentos especiais à Pipoca e à Princesa, por terem posto a casa à nossa disposição, ao Príncipe por todo o seu empenhamento neste encontro em Madrid e pela oferta do quarto do Hotel para podermos todos ver os Óscares, e a todos em geral pelos momentos de enorme boa disposição que fazem ansiar pela próxima viagem (Barcelona here we go?).
Para finalizar, queria mencionar uma loja escondida que descobrimos em Madrid e que, felizmente, não há igual em Lisboa pois certamente eu gastaria boa parte do meu ordenado lá. É uma loja de Posters (de cinema, música, quadros famosos, etc.) de seu nome “Arte-Cine XXI” e que fica junto à Plaza de España. Vejam o site aqui. Deixo também aqui os que comprei desta vez.


Já quanto aos Óscares, devo dizer antes de mais que adorei a apresentação de Jon Stewart. Não poupou ninguém, nem mesmo a Igreja da Cientologia, um dos lobbies mais poderosos de Hollywood. Falando dos prémios em si, houve muita justiça (não tem sido normal) e surpresas (justas e injustas). Começando pelas justiças: Philip Seymour Hoffman e George Clooney, actor principal e secundário, “Crash”, melhor filme e “Brokeback Mountain” pela banda sonora, foram claramente os prémios mais justos da noite, embora no caso do melhor filme tenha sido uma surpresa. Surpresa foram também os Óscares de melhor música para “It’s hard out there for a pimp” e de Melhor Actriz para Reese Witherspoon, mas neste caso foram, na minha opinião, surpresas pela negativa pois seria mais justa a entrega a “In the deep” e a Felicity Huffman (ambos do filme “Transamerica”), respectivamente, principalmente no caso desta ultima, com uma interpretação digna de todos os elogios.
Não tão surpreendente foi a escolha de Rachel Weisz como melhor Actriz Secundária, embora a minha escolha fosse claramente para Frances McDormand por um papel genial em “North Country” (de que falarei num post posterior). Já a entrega do Óscar para melhor realizador a Ang Lee, por “Brokeback Mountain”, soou a prémio de consolação para aquele que era um dos grandes favoritos e que saiu pouco premiado. Uma palavra de simpatia para o genial “La Marche de l’Empereur” que venceu o prémio de melhor documentário e para “King Kong” que dominou nos Óscares técnicos.
Para fechar este (já longo) post, e apesar de habitualmente não pensar muito nas nomeações, pois para isso precisava de ver muito mais filmes, acho que dois filmes foram menosprezados pela Academia: “Match Point” e principalmente “Jarhead”, que bem merecia umas nomeações, como Fotografia, Melhor Actor (para Jake Gyllenhaal) e quem sabe mesmo Realização.

Saturday, March 11, 2006

Ele ou ela


Se “Capote” me desiludiu por ser um filme vulgar, valendo apenas pela interpretação de Philip Seymour Hoffman, já “Transamerica”, do qual não esperava que fosse mais que uma justificação para uma candidatura a Óscar por parte de Felicity Huffman, tem um argumento sólido e interessante. Para além disso, gostei também particularmente de ver Kevin Zegers no papel do filho dela/dele.
Lamento a injustiça de Reese Witherspoon ter ganho o Óscar (não que ache que a interpretação não é boa), depois de ver a capacidade de transformação demonstrada por Huffman, mais habituada ao meio teatral e que só ganhou notoriedade depois de entrar em “Desperate Housewives”.
Um filme que alterna de forma feliz momentos de comédia com drama, sem nunca cansar o espectador. Mais um a ver.

Uma capotada…


Escrevo este post após a realização dos Óscares, mas a minha opinião não mudou. Quanto muito, a cerimonia veio confirmar aquilo que pensava. “Capote” é o relato de uma parte importante da vida do escritor Truman Capote, magistralmente interpretado por Philip Seymour Hoffman (justíssima, a atribuição do Óscar de Melhor Actor), nomeadamente acompanhando-o desde que toma conhecimento do assassinato de quatro pessoas algures no Kansas até que termina aquela que seria a sua última obra: “In Cold Blood”, e em particular a relação que ele desenvolve com um dos assassinos. O problema deste filme é o pouco interesse que o tema em si consegue despertar, estando muito abaixo do que a interpretação merecia. Um filme menor com uma interpretação maior.

Wednesday, March 08, 2006

Dia da Mulher

Não podia deixar de assinalar que hoje é o dia da mulher! Ao passar no Saldanha, fui abordada pela Associação Portuguesa de Endometriose... Endo quê certo?, parece que esse tb é o lema desta associação, o site deles está aqui. Basicamente são as dores associadas à menstruação, acho que todas sabemos o que é... mas pelos vistos existem casos gravíssimos associados a esta doença. Já fiz o meu papel de passar a informação... visto que estavam a dar bolo e tudo.
Os sintomas mais comuns da endometriose incluem:
Dor e / ou períodos abundantes
Dor durante as relações sexuais
Dor a urinar (especialmente quando está com o período)
Infertilidade
Fadiga

Feliz dia da Mulher !

Friday, March 03, 2006

A controvérsia rende... Ou será vende?


Nesta minha corrida contra o tempo motivada pelos Óscares, foi “Brokeback Mountain” o filme que se seguiu. Ora, não tirando o devido mérito às qualidades deste filme – e são várias, como as interpretações de Jake Gyllenhaal e principalmente de Heath Ledger (brilhante na demonstração de uma grande divisão interior sobre o que lhe vai acontecendo), a bela história de um amor difícil de aceitar pelos intervenientes e quem os rodeia, as magnificas paisagens de Brokeback Mountain ou a forma como Ang Lee (de regresso ao seu registo habitual depois de um surpreendente "Hulk") captura todo um misto de angústia e crueza nos dois protagonistas -, penso que é um filme sobrevalorizado, com todo um hype que se gerou à volta dele, certamente pela controvérsia do tema central.
A sensação que me ficou foi de um filme sempre perto de se tornar genial, mas sem nunca chegar lá.

A linha da Vida


Walk The Line” é o biopic sobre uma parte da vida de Johnny Cash, acompanhando em particular alguns eventos marcantes e a sua relação “complicada” com a cantora June Carter. Um filme um pouco à imagem de “Ray”, mas que, se compararmos os dois, “Ray” terá mais qualidade cinematográfica, digamos assim, ou seja, melhor realização, melhor fotografia, mas “Walk The Line” tem mais alma, mais sentimento, não soando tanto a documentário. Gostei particularmente das interpretações de Joaquin Phoenix e de Reese Witherspoon, que inclusivamente se submeteram a treino intensivo para que pudessem ser eles mesmo a cantar no filme. Recomendo a quem goste de música, pelo interesse documental, e a quem goste de uma história de amor com altos e baixos – não são todas? -, mas belíssima.

Racistas? Quem, nós...?


Com as nomeações para os Óscares, tive a sorte de ver este filme reposto nas salas, eu que o tinha perdido na primeira exibição.
Aparentemente, está na moda fazer filmes com base em várias histórias que se cruzam no final, todas sobre o mesmo tema. A diferença surge no resultado final. “Crash” é um autêntico tratado sobre racismo, passado em Los Angeles, e que conta no elenco com uma enorme lista de celebridades que quiseram juntar o seu nome quando leram o argumento, nem que fosse para aparecer em papéis mais secundários. Aliás, é difícil dizer que determinado actor neste filme é um actor principal, pois o que é relevado aqui é mesmo o argumento. Curiosamente, e ao contrário do que é habitual, Paul Haggis não se limita aqui a expor o habitual branco vs. preto, mas sim várias formas do mesmo, incluindo as que surgiram na América no pós 11 de Setembro, nomeadamente contra muçulmanos. A ver e a aprender, por todos.

The oil business


Para quem viu “Traffic”, “Syriana” não será uma surpresa. Poderá até soar a imitação fraquinha. Mas não deixa de ser um bom filme, este intercalar de histórias ligadas ao Petróleo e à forma como o Médio-Oriente é explorado em função dos nossos interesses. Com boas interpretações all-around e com um argumento interessante mas algo difícil de digerir, “Syriana” é um filme razoável com Stephen Gaghan na realização, ele que já tinha sido o argumentista em “Traffic” e que acumula também essa função aqui. Espero um próximo filme do mesmo, embora não com tanto entusiasmo como um próximo argumento. Destaco também as interpretações sólidas de todos, desde os mais conhecidos George Clooney e Matt Damon a Alexander Siddig e Chris Cooper, habituais secundários.

Thursday, March 02, 2006

Nunca mais vem...