Wednesday, January 31, 2007

Grandes Momentos do Cinema IV

Uma obra prima de Sergio Leone. O Western Spaghetti no seu auge. E aquela música de Ennio Morricone... Absolutamente fabulosa!
Nesta cena (uma das melhores do filme), Tuco procura a campa de Arch Stanton onde supostamente estará enterrado o saco de ouro em redor do qual gira toda a acção.



Il Buono, il brutto, il cattivo (1966)

Mais aborto

E de uma coisa eu tenho a certeza nesta sociedadezeca portuguesa hipócrita em que vivemos: se os votos de todas as mulheres que vão votar "não" e já fizeram um aborto passassem para o outro lado, então o "sim" ganhava a brincar.

Ainda o aborto

Depois do ensaio do meu digníssimo colega Ryder não há muito mais a dizer. Apenas que noutro dia usei este argumento nos comentários de já-não-sei-que-blog e achei-o elucidativo, pronto!

Se o SIM ganhar:

Eu, senhora X, engravidei e não me dava jeito nenhum ter a criança. Mas como sou contra o aborto vou tê-la porque não é por o aborto ser agora legal que sou obrigada a fazê-lo.

Se o NÃO ganhar:

Eu, senhora Y, engravidei e não me dava jeito nenhum ter a criança. Mas como o aborto é ilegal não me resta outra alternativa senão tê-la. Ou então faço-o por aí numa mesa de talhante qualquer.

Quer-me parecer que o SIM deixa toda a gente satisfeita. Quem quiser ser contra o aborto continua a sê-lo manifestando esta ideologia da forma mais emblemática possível: não o fazendo!

Despenalização do Aborto, Sim ou Não?

Agora que nos aproximamos do referendo, não queria deixar passar o assunto sem ser mencionado aqui.
Antes de deixar a minha opinião, fica aqui a minha mensagem principal: VOTEM! No domingo, deixem a vossa opinião num boletim válido, coincida ou não com a minha.

Quanto ao que penso sobre o assunto, devo dizer que o meu voto vai para o Sim.
Não que eu seja favorável ao aborto em todas as circunstâncias. Não que defenda o aborto como método contraceptivo (até me custa a acreditar que haja quem pense assim).
Simplesmente, o que aqui está em causa não é uma questão do estilo: "É favorável ao aborto?". É mais algo como: "Deve cada mulher ter o poder de decidir se faz ou não um aborto?". E neste ponto, a minha resposta é claramente sim!
Penso que não haverá uma única pessoa nos vários movimentos pelo Sim que encare um aborto de ânimo leve. Custa-me esta dicotomia que os movimentos pró-vida (vou tentar acabar o post sem comentar esta nomenclatura) pretendem colocar na questão: Ou se é contra o aborto, ou se é um "assassino" que usa "o dinheiro dos nossos impostos"...
Não posso simplesmente deixar que cada mulher decida, em consciência, o que quer fazer? Não basta a quem opta pelo aborto, por motivos de força maior, ter de viver com esse peso, para ainda ter de viver com o peso de ter cometido um crime? De correr o risco de ser investigada, julgada ou até presa? E para o caso não interessa se ainda nenhuma mulher foi efectivamente presa, porque o que é certo é que a lei considera crime com possível pena de prisão...
Claro que para esta questão não há uma solução ideal. Claro que vai haver mulheres que irão fazer um aborto sem pensar devidamente nas consequências. Mas serão poucas, e será claramente menor o mal que pode vir do que o bem que pode sair desta medida. Claro que não basta decidir que sim e mudar a lei, é preciso criar condições para que seja seguida.
Das pessoas que conheci pessoalmente que já o fizeram, nem uma só passou por isso sem ficar com marcas. Nem uma voltaria atrás para mudar a opção. Mas todas, sem excepção, preferiam que tivesse sido feito num hospital, sem terem de se esconder e andar a procurar quem o fazia, sempre com medo de levantar demasiadas questões e sem saber o local onde iam era de confiança e tinha as condições necessárias...

P.S. - Não resisto: Movimentos pró-vida?? Isso faz de mim o quê? Pró-morte???? Não posso ser só: Pró-opção-de-cada-uma?

Grandes Momentos do Cinema III

*******Este post contém SPOILERS*******
Depois do bU ter feito menção ao seu filme preferido e ao mesmo tempo ao meu filme preferido, tirando-me a oportunidade de aqui colocar um excerto (e que seria exactamente o mesmo), passo então para o segundo filme na minha lista de preferência.
Foi com "The Usual Suspects" que Bryan Singer apareceu na ribalta, e desde aí sou fã dos seus filmes e da sua forma de realizar. Reparem na brilhante montagem de toda a cena, que em conjunto com as interpretações (silenciosas) de Chazz Palminteri e, principalmente, de Kevin Spacey (também aqui pela primeira vez a mostrar o seu valor, que chegou para um Óscar de melhor actor secundário), nos deixa sem fôlego.

Aviso a quem nunca viu este filme: VEJAM!!! Agora mais a sério, se nunca o viram, não vejam este clip pois contém informação que retira toda a piada ao mesmo (embora seja exactamente o seu melhor momento).

The Usual Suspects (1995)

Não resisto a deixar aqui também a cena inicial do filme, a famosa "line-up" onde os personagens se conhecem, uma cena bem divertida e onde os risos dos actores (segundo o making of) são espontâneos.

Cavalinho infeliz, gato mal morto e gaja frígida

Quem é que se lembra daquela música para criancinhas cuja letra é:

"Era uma vez um cavalo
que vivia num lindo carrossel,
tinha as orelhas compridas
e ao pescoço um lacinho de papel.

A correr, tralalá,
a saltar, tralalá,
Cavalinho não saía do lugar,
tralalá."


Ora, esta letra é ou não é das coisas mais trágicas que alguma vez foram escritas? Ele corria... E saltava... Mas nunca conseguia... Nunca conseguia sair dali...
É muito drama, mesmo.

E depois há aquela:

"Atirei o pau ao gato
mas o gato não morreu (...)"

Esta é mais na onda do sadismo, não?

E depois há o final daquela outra acerca da qual já se disse muita coisa e que dispensa mais comentários:

"Sete e sete, são catorze,
com mais sete são vinte e um,
tenho sete namorados,
e não gosto de nenhum."

Mas afinal que letras são estas, gente?
É mesmo isto que queremos que as nossas crianças absorvam? É que eu não quero uma filha sociopata, pá!

Tuesday, January 30, 2007

Grandes Momentos do Cinema II

Antes de mais devo dizer que fiquei indeciso acerca de qual das 27465 cenas deste filme é que deveria colocar aqui visto ser este o meu filme favorito de sempre.

Como se torna suspeito falar das coisas de que mais gostamos remeto-me ao silêncio e deixo-vos apenas esta pérola.



The Shawshank redemption (1994)

Monday, January 29, 2007

Grandes Momentos do Cinema I

Antes de me aventurar na descrição de uma grandes férias (fica a promessa de post para breve), vou inaugurar um espaço que também ficará aberto a sugestões vossas. Aqui pretendo colocar, agora que nos aproximamos dos Óscares, grandes momentos de cinema, recentes ou não, daqueles que nos marcam e que nos ajudam a gostar mais dessa grande arte.

Para começar, e porque estava a dar ontem mesmo este filme na SIC, aqui fica a cena que me fez olhar para Spike Lee de uma forma diferente, naquele que foi o primeiro filme dele que vi sem ser centrado no "seu" tema recorrente: o racismo. Claro que a tornar este momento ainda melhor, temos a força da interpretação de Edward Norton, um dos melhores (senão o melhor) actor da sua geração. Apreciem:


The 25th Hour (2002)

Friday, January 26, 2007

Newsflash!

Que PUTA de dor de dentes eu tenho neste momento!

Tuesday, January 16, 2007

Passe de mágica


Christopher Nolan sempre me convenceu, com os universos muito próprios que conseguia criar nos seus filmes, como realizador e argumentista (neste cargo, quase sempre com a ajuda do irmão Jonathan Nolan). Veja-se "Memento", "Insomnia" ou "Batman Begins" e comprova-se facilmente isso, com um ambiente específico e um conjunto de regras criadas especialmente para cada história. E se nesses filmes tinhamos sempre uma personagem forte (Guy Pearce, Al Pacino e Christian Bale, respectivamente), em "The Prestige" temos um confronto directo entre duas personalidades (mais uma vez Christian Bale, sempre bem, agora acompanhado por Hugh Jackman, por quem não tinha grande simpatia mas que aqui me surpreendeu pela positiva), dois mágicos em ascensão e constante superação, em que até perto do final ficamos na dúvida entre quem é o Bom e o Mau, embora sabendo que os filmes de Nolan raramente obedecem a regras lineares como essa. A acompanhá-los temos o sempre sublime Michael Caine e a sensual Scarlett Johansson (sim, hoje estou particularmente "adjectivante"). E o que dizer do reaparecimento cinematográfico de David Bowie? Apenas que a personagem parece ter sido feita à sua medida (quem reconheceu Andy Serkis no papel de seu ajudante?).
Em suma, "The Prestige" é um filme que deve ser visto por todos, bem realizado, com um argumento forte e muito boas interpretações. Ah! E a música dos créditos é a fabulosa "Analyse" de Thom Yorke... Até isso!

Sim! Por favor, S-I-M!!!!

Não, não é o começo de um filme pornográfico...
É apenas um desejo muito forte que está perto de se concretizar (ou assim espero...)!
Se for preciso, compra-se um bilhetito para Londres ou outro sítio qualquer.
Tudo o que for preciso para ver isto.

Thursday, January 11, 2007

Coincidência? Não me parece...

Já não sei em que canal foi, mas apanhei a seguinte sequência de dois dos melhores videoclips do momento:

Johnny Cash, depois de morto, num videoclip novo?? Só mesmo alguém tão representativo podia ter um video onde se misturam pessoas tão diferentes como Iggy Pop, Bono, Johnny Depp, Chris Martin, Justin Timberlake, Chris Rock, Flea, Woody Harrelson, Dennis Hopper ou os ZZ Top.


Palavras para quê? Para além de uma música genial (mais uma), reparem na mistura de imagens do novo videoclip de Thom Yorke "Harrowdown Hill".

Já vi


"Dejá Vu" é o novo filme de Tony Scott. Desde que vi a sua curta metragem "Beat The Devil" nos anúncios que a BMW fez com vários realizadores (série entitulada "The Hire", com Clive Owen no papel principal e comum a todos os filmes) que fiquei fã da sua forma frenética de fazer filmes de acção. Veja-se o "Man On Fire" por exemplo, também com Denzel Washington. Este mais recente foge um pouco a isso, com uma realização mais calma, mais ponderada, talvez mais de acordo com o tema abordado. Mas não deixa de ter bons momentos, boas interpretações e, como tal, de ser uma boa opção enquanto filme de entretenimento. Mas é necessário entrar no espírito do filme e aceitar os seus fundamentos como verdadeiros, algo que nem toda a gente está disposta a fazer.

OMFG!

Tomei a liberdade partilhar este vídeo que também pode ser visto aqui (que foi onde o vi pela primeira vez). Até onde vai o fanatismo das pessoas?
Citando Nuno Markl: "Adoro quando a realidade supera qualquer sketch."



Doentio, não é?

Sunday, January 07, 2007

PDA's 2006

Já que estamos numa de cinema e posters, resolvi criar este prémio:

Poster Do Ano 2006!

Vou colocar aqui em seguida uns posters e votem no que gostam mais e no que acham mais cómico.
Claro que tive de fazer uma pré-selecção e é verdade que pode haver discordâncias, até porque alguns podem fazer mais sentido para quem viu o filme em causa... Os critérios utilizados por mim na escolha foram: Qualidade do poster por si só ou relação entre poster e o filme em si.

Muito bom!


Não resisti a colocar aqui este poster...

Saturday, January 06, 2007

Candidato Forte


Com o início do ano, começam a aparecer os candidatos a Óscar e as idas mais frequentes aos cinema. "Babel" foi o primeiro em 2007 e não podia ter escolhido melhor. Alejandro González Iñárritu já tinha demonstrado em "Amores Perros" e em "21 Grams" que filma a dor e a tragédia como poucos. Em Babel volta a fazer isso mesmo, ainda com mais qualidade.
Numa conjugação de seis histórias (com um formato a fazer lembrar "Crash" ou "Syriana"), podemos ver como a dor pode juntar as pessoas, mesmo as mais improváveis, e como a discriminação, mesmo quando subtil, pode separar. Tudo isto independemente de país de origem, cultura ou religião.
Para isso, Iñárritu juntou, por exemplo, Brad Pitt e Cate Blanchett aos verdadeiros habitantes de uma aldeia perdida em Marrocos, o pico do estrelato ao cúmulo do anonimato. Ou passa de uma cena em que um grito de dor está prestes tornar-se ensurdecedor, para o silêncio que emula o ponto de vista de uma surda-muda numa discoteca. A tagline ("If you want to be understood... Listen") é o resumo perfeito do que fica no final do filme.

Pequena obra-prima


"Little Miss Sunshine" é um daqueles filmes independentes que passa ao lado de muita gente. Mas não devia. Uma comédia-dramática em forma de road movie, em que uma família completamente disfuncional tem de viajar alguns kms na sua carrinha (ver poster acima) com o intuito de conseguir que a filha realize o seu sonho, participando num concurso de beleza.
Com personagens tão díspares como um avô toxicodependente (Alan Arkin), um orador motivacional com problemas motivacionais (Greg Kinnear), um filho complexado e em "greve de fala" (Paul Dano) e um tio, estudioso de Proust, que se tentou suicidar por se ter apaixonado por um aluno (Steve Carell), o filme é uma sucessão de pequenos momentos deliciosos, principalmente se tivermos em conta que as interpretações roçam a perfeição.

Thursday, January 04, 2007

Sai uma foto artística da minha árvore de Natal



Um pouco tardio, eu sei, mas até dia de Reis ainda conta...