...nada destas merdas mas queria deixar aqui os votos de bom ano para os 5 leitores deste blog. Cá vão eles, então:
Em 2008 aconteceu de tudo.
De 2009 só espero que mais coisas aconteçam.
Porque são coisas a acontecerem que nos povoam as memórias...
...ou "Uma referência obscura a quem serve de inspiração mas tem muito mais piada"
Infelizmente, lusco-fusco aqui não tem o mesmo significado que no sketch dos Gato Fedorento, não “são só 5/7 minutos, mas muito intensos”…
“Twilight” prometia muito. Um filme baseado num bestseller sobre a relação entre uma mortal (aqui interpretada por Kristen Stewart - tinha estado bem melhor em "Panic Room") e um vampiro (Robert Pattinson), um tema que é bem do meu agrado. Por outro lado, bem que podia ter estado com mais atenção a todos os pormenores que apontavam para o pior. Desde a realizadora (Catherine Hardwicke) mais habituada a ser Production Designer (e mesmo aí sem obra de maior) e muitos actores desconhecidos ao facto de o filme estar a ser um êxito de bilheteira (tendo em conta a premissa, costuma ser mau sinal).
Acontece que o filme é tão fraquinho que nem sequer tenho muitas palavras para o descrever… Actuações medianas, argumento que parece ter sido escrito por um miúdo de 5 anos, efeitos especiais que são tão nitidamente feitos por computador que quase dá para ver o nome do software... Uma desgraça total, até para filme de sábado à tarde é fraquinho…
Daniel Craig retoma o papel de James Bond neste “Quantum of Solace”, uma continuação do anterior “Casino Royale” (podem ver a minha opinião sobre esse aqui). O filme começa mesmo onde o outro terminou, pelo que podem mesmo ser considerado como uma única história, aquela que nos conta como é que um agente secreto acabado de ser promovido à categoria de “00” se transforma no mais eficaz, letal e famoso empregado “ao serviço de Sua Majestade”, perdendo pelo caminho a pessoa que ama e ao mesmo tempo criando uma barreira emocional que o transforma numa pessoa solitária e com dificuldade em estabelecer ligações (curiosamente, é nestes filmes que uma das mais antigas é estabelecida, a proveitosa amizade com Felix Leiter, o agente da CIA).
Aquilo que mais me agradou nos dois últimos Bonds foi o retomar de um argumento mais complexo, mais cuidado e ao mesmo tempo mais realista. Depois de uma fase muito fantasista (o período Pierce Brosnan), vemos um Bond mais duro, menos tecnológico e menos playboy gozão (mas sem largar as suas bondgirls). Muito contribuiu para isso que os produtores tivessem contratado argumentistas de renome (Paul Haggis como o destaque). Inclusivamente esta história tem muito mais para lá de uma primeira leitura. Se gostam da fase Brosnan, talvez não sejam muito admiradores destes.
Por falar em bondgirls, Olga Kurylenko foge aqui ao padrão e é, na minha opinião, um dos pontos fracos do filme, com uma interpretação apenas razoável, em que até consegue “escapar” a Bond – bondgirl que se preze não pode deixar de, digamos, levar a bond-marca (embora obviamente ele não deixe de deixar a sua marca em alguém no filme).
Resumindo, é um filme com boas interpretações (Craig definitivamente resulta como Bond e Mathieu Amalric é uma agradável surpresa), com um bom argumento e com bastante acção (realista), começando logo pela primeira sequência, uma perseguição à antiga, fazendo lembrar os primeiros filmes.
O ano foi de mudanças, a nível pessoal e profissional. Muitas. E para melhor…
Sem que fosse planeado ou até desejado, isso provocou uma longa paragem no blog.
Mas, e a pedido de várias famílias, vou tentar retomar as actividades. Não vou garantir nada, até porque não quero falhar, mas para já irei começar com os habituais reviews…