Friday, December 26, 2008

My name is Bond...


Daniel Craig retoma o papel de James Bond neste “Quantum of Solace”, uma continuação do anterior “Casino Royale” (podem ver a minha opinião sobre esse aqui). O filme começa mesmo onde o outro terminou, pelo que podem mesmo ser considerado como uma única história, aquela que nos conta como é que um agente secreto acabado de ser promovido à categoria de “00” se transforma no mais eficaz, letal e famoso empregado “ao serviço de Sua Majestade”, perdendo pelo caminho a pessoa que ama e ao mesmo tempo criando uma barreira emocional que o transforma numa pessoa solitária e com dificuldade em estabelecer ligações (curiosamente, é nestes filmes que uma das mais antigas é estabelecida, a proveitosa amizade com Felix Leiter, o agente da CIA).
Aquilo que mais me agradou nos dois últimos Bonds foi o retomar de um argumento mais complexo, mais cuidado e ao mesmo tempo mais realista. Depois de uma fase muito fantasista (o período Pierce Brosnan), vemos um Bond mais duro, menos tecnológico e menos playboy gozão (mas sem largar as suas bondgirls). Muito contribuiu para isso que os produtores tivessem contratado argumentistas de renome (Paul Haggis como o destaque). Inclusivamente esta história tem muito mais para lá de uma primeira leitura. Se gostam da fase Brosnan, talvez não sejam muito admiradores destes.
Por falar em bondgirls, Olga Kurylenko foge aqui ao padrão e é, na minha opinião, um dos pontos fracos do filme, com uma interpretação apenas razoável, em que até consegue “escapar” a Bond – bondgirl que se preze não pode deixar de, digamos, levar a bond-marca (embora obviamente ele não deixe de deixar a sua marca em alguém no filme).
Resumindo, é um filme com boas interpretações (Craig definitivamente resulta como Bond e Mathieu Amalric é uma agradável surpresa), com um bom argumento e com bastante acção (realista), começando logo pela primeira sequência, uma perseguição à antiga, fazendo lembrar os primeiros filmes.

1 comment:

Andy said...

Seja bem vindo de volta à blogosfera, amigo Ryder!

Já tínhamos saudades destas críticas sumarentas, terra a terra e sem quaisquer pretensiosismos... ou seja, fraquinhas!

Toca a fazer mais para ver se o padrão de qualidade se mantém!

Em relação a esta, estou de acordo com tudo mas podia ter avisado que continha spoilers. Sempre tão expedito a acusar os outros que também o fazem, esqueceu-se que quem não viu o primeiro não sabe que a amada morre.

De resto, tudo bem, excelente crítica!