Friday, October 31, 2008
Thursday, October 23, 2008
Fitter, happier, more productive,
comfortable,
not drinking too much,
regular exercise at the gym
(3 days a week),
getting on better with your associate employee contemporaries,
at ease,
eating well
(no more microwave dinners and saturated fats),
a patient better driver,
a safer car
(baby smiling in back seat),
sleeping well
(no bad dreams),
no paranoia,
careful to all animals
(never washing spiders down the plughole),
keep in contact with old friends
(enjoy a drink now and then),
will frequently check credit at
(moral) bank (hole in the wall),
favors for favors,
fond but not in love,
charity standing orders,
on Sundays ring road supermarket
(no killing moths or putting boiling water on the ants),
car wash
(also on Sundays),
no longer afraid of the dark or midday shadows
nothing so ridiculously teenage and desperate,
nothing so childish - at a better pace,
slower and more calculated,
no chance of escape,
now self-employed,
concerned (but powerless),
an empowered and informed member of society
(pragmatism not idealism),
will not cry in public,
less chance of illness,
tires that grip in the wet
(shot of baby strapped in back seat),
a good memory,
still cries at a good film,
still kisses with saliva,
no longer empty and frantic
like a cat
tied to a stick,
that's driven into
frozen winter shit
(the ability to laugh at weakness),
calm,
fitter,
healthier and more productive
a pig
in a cage
on antibiotics.
"Fitter, happier", Radiohead
Sunday, October 12, 2008
7 Maravilhas
Respondendo ao desafio feito pelo grande Lobístico no 100 sentimentos, aqui ficam as músicas que mais me marcaram por todas e nenhumas razões em especial...
Como (também) não poderia deixar de ser, "The King" teria sempre de figurar em primeiro lugar nesta lista. Pelos verões passados na terra dos meus avós com o meu irmão, por ter sido a minha primeira referência musical e por ainda hoje não me fartar de o ouvir (como é que é possível?). Não consigo associar nenhuma música a nenhum momento particular mas sim a todos. Não marcou um momento, marcou uma era na minha vida.
Adorava esta música. Costumava pô-la a tocar na aparelhagem da sala mas, mal sentia o meu pai, desligava-a porque ele normalmente queria ver televisão quando chegava. Nesse dia (talvez por estar mais alto que o normal) não o ouvi entrar em casa e, quando entrou na sala, deu-me o beijo da praxe, sentou-se e ficou ali, com a televisão desligada, sem dizer mais nada até a música acabar...
O primeiro vinil que comprei sozinho na vida. Lembro-me de me terem oferecido um cheque-disco e, depois de passar uma tarde inteira na loja a ouvir álbuns, ter optado por este. Hoje escolheria exactamente o mesmo.
Conheci esta música em casa do meu tio (que foi a primeira pessoa que conheci a ter um leitor de CD) e nunca conseguia evitar ouvi-la pelo menos cinco ou seis vezes seguidas em repeat enfiado nuns auscultadores gigantes. Associo-a a tempos felizes... Àquela altura em que a família estava completa, era harmoniosa e ainda se juntava em almoçaradas...
O meu acordar definitivo. Os Pixies ensinaram-me que não há limites para o que a música pode ser e significar. Lembro-me de ouvir esta música pela primeira vez no meu quarto depois de comprar o Doolittle e pensar: "É isto..."
Ouve um dia em particular no Gerês em que, ao som de Sublime, tive finalmente a certeza de que estava contente por estar vivo. Foi também ao som desta música que, num certo fim-de-ano, se despedaçou completamente uma certa cama que não aguentou levar com meia dúzia de gajos em cima aos saltos. E diz quem esteve lá que isso não foi suficiente para a guitarra parar de tocar...
O Bradley Nowell ensinou-me que nada é para levar muito a sério e que o principal para se fazer boa música é e será sempre talento.
A única música que faz jus a esta lista. Aquela que está aqui apenas por si só e pelo que significou para mim naquele momento.
Obrigado ao Lobístico por esta oportunidade que me proporcionou de viajar dentro do baú das recordações. E houve tantas que ficaram de fora...