A chegada da filha de um grande amigo;
A chegada do filho de uma grande amiga;
A criação da minha empresa;
Os óscares em Madrid, com o "gang" habitual;
O novo Bond (de volta ao passado!), o Lady In The Water, o Crash, o Munich e o Jarhead (podem não ser todos de 2006, mas vi-os este ano);
O Superbock SuperRock e o Sudoeste;
Os Tool (2 x's), os Muse, os Daft Punk (finalmente, 10 anos depois...), os Within Temptation;
A notícia da vinda de Dave Matthews Band;
A edição em DVD do Pulse dos Pink Floyd, do Score (concerto comemorativo dos 20 anos de carreira) dos Dream Theater, do Making of do "A Night At The Opera" dos Queen e do "Lover Of Life, Singer Of Songs" de homenagem ao Freddie Mercury;
Os Rhizome (sim, esses também);
Os concertos no Arcaz;
O Pro Evolution Soccer 6;
O futebol do Barcelona durante todo o ano e do Manchester nestes últimos meses;
A selecção que ficou em 4º no Mundial;
As noites no Bairro;
Os novos amigos e o reaproximar de alguns que andavam afastados;
A compra do bilhete para ir, finalmente e depois de algumas tentativas falhadas, a Praga (a viagem em si fica já para o primeiro mês de 2007);
E muitas coisas mais, algumas que não podem ser descritas em palavras...
Por mau que o balanço de 2006 possa ser, estas são as coisas que quero e vou recordar. :)
Saturday, December 30, 2006
2006, em resumo (as coisas boas, que são as que realmente interessam):
Sunday, December 24, 2006
Monday, December 11, 2006
(Re)Living It...
Para que os que não foram possam perceber o que perderam, e os que foram possam reviver um dos melhores momentos da noite.
Sunday, December 10, 2006
Para ouvir e ver!
Ontem fui ver ao Santiago Alquimista os "Led On: The Led Zeppelin Attitude Band". Composta por Paulo Ramos a fazer de Robert Plant, Mário Delgado a fazer de Jimmy Page, Zé Nabo a fazer de John Paul Jones, Alexandre Frazão a fazer de John Bonham e Manuel Paulo a acompanhar nos teclados, a banda consegue capturar totalmente o espírito dos Led Zeppelin (quase que se consegue sentir o LSD no ar :P), para além da mestria técnica dos seus elementos, todos nomes consagrados no mundo da música (Mário Delgado chega a imitar Page, tocando a guitarra com um arco). O menos conhecido será Paulo Ramos, mas que mostrou capaz de atingir mesmo as notas mais difíceis do reportório de Plant... Se tiverem oportunidade e forem fãs de Led Zeppelin (ou até mesmo de rock em geral), não deixem de os ouvir.
Imaginação não falta
Mandaram-me este link, mas não resisto a deixar aqui alguns dos que acho mais geniais, para aqueles que não se queiram dar ao trabalho de ir ver.
Sperms of Endearment
Forrest Hump
Cum And Cummer
Presumed Impotent
You've Got Male
White Men Can't Hump
Schindler's Fist
Free My Willy
I Know Who You Did Last Summer
Die Hard-on
Pornocchio
Miss Cunnilingiality
Ass Wide Shut
The Inside-her
Black Cock Down
When Harry Wet Sally
Batman in Robin
Willie Wanker Up the Chocolate Factory
Breakfast On Tiffany
Jesus Christ: Porno Star
Glad-He-Ate-Her
The End Of Gays
E os meus personal favourites:
Lawrence Of A Labia
Any Given Cumday
The Night Of The Giving Head
ET the Extra Testicle
The Hairy Bitch Project
Thursday, December 07, 2006
Questões de referendo ou A minha breve opinião sobre esta cena do aborto
No dia 11 de Fevereiro de 2007 os Portugueses vão decidir se são ou não a favor da "legalização da interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas" (ou qualquer coisa muito parecida com isto) quando, na realidade, a verdadeira questão que deveriam votar seria se são ou não a favor do facto de "se uma mulher quiser interromper a gravidez até às dez semanas pode fazê-lo num hospital com condiçoes de segurança e higiene ou tem mesmo de fazê-lo numa qualquer mesa de talhante".
Existirá, porventura, alguma mulher que, ao deparar-se com uma gravidez indesejada, pense para si: "Epá, não queria mesmo nada ter este filho... O ideal seria fazer um aborto mas, como tal operação é ilegal em Portugal, não tenho mesmo hipótese senão ter a criança"?
Ou, analisando o outro extremo da situação, haverá alguma mulher a usar o aborto como contraceptivo caso a sua prática se torne legal?
Nenhuma mulher toma uma decisão tão pessoal com base no contexto legal em que o aborto se enquadra. Nenhuma mulher faz depender esta sua decisão da opinião de um governo. A sua consciência é que conta. Sempre.
E isto é um facto, não é uma opinião.
Pessoalmente, sou contra o aborto. Uma criança vive a partir do momento em que as duas células se unem. E matar, seja num beco escuro ou no interior dum útero, é sempre uma atrocidade.
Mas, obviamente, vou votar a favor. Da segunda questão, entenda-se...
Vão, assinem. Por aqueles que precisam.
Porque há quem precise, participem nesta petição. Quatro mil assinaturas valem uma discussão na Assembleia da República... Pode ser que os senhores se mexam lá e decidam alguma coisa de jeito.
Em bruto
“Children Of Men” é claramente um filme com uma mensagem. Ninguém o tenta esconder, pelo contrário. Com a diferença que, ao contrário da maioria, neste filme essa mensagem não está escondida por trás de subtilezas, de enredos complexos. Está mesmo ali, à nossa frente, no evoluir deste argumento baseado num livro de P.D. James, muito bem realizado por Alfonso Cuarón. Podia destacar Clive Owen, Michael Caine ou Juliane Moore pelas suas prestações, Emmanuel Lubezki pela magnífica fotografia que o filme tem ou até mesmo a escolha da banda sonora (com o revisitar de alguns clássicos). Mas prefiro falar da forma bruta e directa como tudo acontece no filme, sem contemplações por quem está a ver. Se é para morrer alguém, então que seja ali mesmo, com toda a sala a ver e a partilhar essa experiência com quem estava ao lado da personagem, a sentir a perda dessa pessoa como se fosse próxima. É uma história simples (e não simplista – sim Andy, esta é para ti :P), que pretende demonstrar como a defesa daquilo em que se acredita não pode ser levada ao extremo, que nenhum dos lados de uma discussão se deve considerar como o detentor da verdade absoluta, correndo o risco de perder a razão.
P.S. - Não é genial este poster?
Truly Unknown
Tenho de começar por admitir que olhava para este “Unknown” com algumas suspeitas. Pela descrição que tinha lido parecia-me ser um filme de terror na onda de um “Saw” ou “Hostel” (não é que não tenha gostado desses, especialmente o “Saw”, mas já se sabe que quando começam a sair filmes semelhantes em série nunca resulta bem). Mas não, está bem longe desse género, sendo um filme de suspense cheio de twists (alguns realmente surpreendentes) e interrogações que vão sendo respondidas aos poucos. Tem um elenco de notáveis secundários, como Joe Pantoliano (“Matrix” e “Memento”), Greg Kinnear ("As Good As It Gets") ou Peter Stormare ("Fargo" e "Armageddon"), superiormente liderado por Jim Caviezel (“The Passion Of The Christ”). Vale a pena ver este filme, que nos vai sempre deixando a sensação que já sabemos tudo, mas que acaba sempre por estar um passo à nossa frente, nunca deixando de nos surpreender com a direcção que toma.
Saturday, December 02, 2006
As regras...
Nos últimos tempos, tem-me incomodado particularmente a falta de neutralidade demonstrada por aqueles que mais deviam tê-la, nomeadamente os meios de comunicação social. Jornais, televisões ou rádios, em lado nenhum se consegue encontrar o distanciamento necessário para que o receptor da informação possa, ele próprio, fazer o julgamento dos factos em causa. Tudo nos surge já apreciado por quem está a passar a informação, de forma a que as pequenas mentes do povo as compreendam da mesma forma que quem já as apreciou, certamente um qualquer iluminado que trabalha numa redacção e que, porque tirou um curso superior de jornalismo ou comunicação social ou o que raio lhe chamaram na faculdade onde estudou, é mais capaz do que eu. Isto apesar dos constantes atropelos à grande língua portuguesa que muitas vezes são dados nesse mesmo texto, atropelos esses que são capaz de arrepiar até o pêlo mais céptico de alguém que nem sequer estudou na área de línguas (tipo eu).
Curiosamente, dei hoje de caras com o texto abaixo que, embora seja escrito por alguém que também não terá uma visão totalmente imparcial, espelha no meu entendimento a postura mais comum nos meios de comunicação social (não só a portuguesa) em relação à questão israelo-árabe.
Ground Rules
Written by Mona Baker
Sunday, 06 August 2006 Source: www.monabaker.com
Rule # 1: In the Middle East, it is always the Arabs that attack first, and it's always Israel who defends itself. This is called "retaliation".
Rule # 2: The Arabs, whether Palestinians or Lebanese, are not allowed to kill Israelis. This is called "terrorism".
Rule # 3: Israel has the right to kill Arab civilians; this is called "self-defense", or these days "collateral damage".
Rule # 4: When Israel kills too many civilians, the Western world calls for restraint. This is called the "reaction of the international community"
Rule # 5: Palestinians and Lebanese do not have the right to capture Israeli military, not even a limited number, not even 1 or 2.
Rule # 6: Israel has the right to capture as many Palestinians as they want (Palestinians: around 10000 to date, 300 of which are children, Lebanese: 1000s to date, being held without trial). There is no limit; there is no need for proof of guilt or trial. All that is needed is the magic word: "terrorism".
Rule # 7: When you say "Hezbollah", always be sure to add "supported by Syria and Iran".
Rule # 8: When you say "Israel", never say "supported by the USA, the UK and other European countries", for people (God forbid) might believe this is not an equal conflict.
Rule # 9: When it comes to Israel, don't mention the words "occupied territories", "UN resolutions", "Geneva conventions". This could distress the audience of Fox.
Rule # 10: Israelis speak better English than Arabs. This is why we let them speak out as much as possible, so that they can explain rules 1 through 9. This is called "neutral journalism".
Rule # 11: If you don't agree with these rules or if you favor the Arab side over the Israeli side, you must be a very dangerous anti-Semite. You may even have to make a public apology if you express your honest opinion (isn't democracy wonderful?).
Um fenómeno da Natureza
Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2006. Em Coimbra, ruiu um prédio. Na SIC é entrevistada uma testemunha da situação:
"Pois, eu ia a passar na rua, ouvi um ruído e de repente o prédio desovou!"
Friday, December 01, 2006
Verdade e Consequência...?
Esta é uma das imagens da campanha da RTPN que anda aí pelas ruas do nosso país. Desculpem-me pela má qualidade da imagem mas como não a encontrei em nenhum site, tive de arranjar uma foto tirada da paragem de autocarro aqui perto do trabalho. A campanha segue o tema de "Verdade e Consequência" tendo, para além das imagens em causa, outra em que aparece a imagem de uma chaminé de uma qualquer fábrica a emitir fumo com um glaciar a partir logo abaixo. Se nesse caso me parece bastante óbvia a relação, tenho alguma dificuldade em entender a associação da imagem acima.
Saber qual a consequência nestas duas imagens parece-me fácil mas... Qual é a verdade?
Capturar a essência
Queria começar por dizer que faço parte daqueles que tinham lido o livro de Patrick Süskind e, embora tivesse gostado, não achei fabuloso. E fiquei particularmente curioso quando soube que iam fazer um filme a partir do livro, tentando imaginar como seria possível transformar esta história que vive maioritariamente de cheiros e sensações e que é narrada na terceira pessoa.
Foi então com agrado que constatei que o realizador Tom Tykwer, que já tinha estado por detrás do surpreendente "Run, Lola, Run" (se ainda não viram, devem ver!), conseguiu neste "Das Parfum" capturar a essência do livro, da mesma forma que Grenouille pretende capt... Não, não vou entrar em pormenores da história, há sempre quem não saiba do que se trata e eu também não gosto que me façam o mesmo. Por falar em Grenouille, é de destacar Ben Whishaw, dono de uma expressividade silenciosa perfeitamente de acordo com a personagem de Jean-Baptiste, aqui no seu primeiro papel de destaque. Aliás, nesta co-produção europeia houve o cuidado de misturar actores pouco conhecidos, mesmo a nível de cinema europeu, com estrelas consagradas como Dustin Hoffman ou Alan Rickman.
Mas o que realmente merece destaque neste filme é a forma inteligente como os pormenores importantes do livro foram passados para imagem e o facto de, perante a necessidade óbvia de cortar partes do livro para o adaptar a um formato de 147m, apenas terem sido cortados elementos menos importantes e não essenciais ao enredo, mantendo o filme agradável tanto a quem leu o livro como a quem vai descobrir a história pela primeira vez.