Wednesday, June 28, 2006

O futuro

Talvez tenha sido o facto de ver os 3 parrots reunidos na mesma sala (coisa que já não acontecia há mais de um mês) a fazer com que a minha vontade de escrever regressasse (não, não está mal escrito)... Ou talvez tenha sido o facto do mundial ter feito um interregno de 2 dias... O que importa é que aqui estou novamente, cheio de vontade de partilhar coisas com o mundo... Esta que me mandaram ontem, merece mesmo ser vista... Ora atentem.


Sim, ainda aqui escrevo...

Uns (poucos) dias depois do meu último post, eis-me de volta. Vejo-me nesta altura obrigado a fazer um mea culpa. Não tenho tido tempo nem pré-disposição mental para blogs. Também não existem muitas novidades para contar... Basicamente, desde que aqui escrevi pela última vez, só descobri que ia ter uma filha, fui de férias para Itália (Milão, Veneza, Siena, Florença, Roma e Pisa), marquei casamento e, pelo meio, houve um gajo que se meteu na cama com a minha namorada. Como vêem, não aconteceu muita coisa...
Ah! E Portugal já está nos quartos-de-final...

Sunday, June 11, 2006

Os Mutantes segundo Brett Ratner


As minhas expectativas para este “X-Men: The Last Stand” já não eram muito altas desde que tinha tido conhecimento da saída de Bryan Singer do lugar de realizador. A mente responsável por “The Usual Suspects” resolveu tomar as rédeas de “Superman Returns” (vamos lá ver o que vai sair dali) e foi chamado Brett Ratner, o realizador da saga “Rush Hour” e do filme “After the Sunset”. Se bem que gostei de qualquer um dos seus filmes anteriores, pois são agradáveis e divertidas comédias, não me parecia que Ratner fosse o nome mais indicado para um filme de acção e que tem um grupo de seguidores fiéis, por conta do culto Marvel. Se é verdade que qualquer adaptação de uma BD/um livro de culto vai ter sempre críticas (vide o caso de “The Lord Of The Rings”), os anteriores X-Men tinham sido relativamente bem recebidos. Só que este é, na minha opinião, inferior a qualquer dos outros, embora a nível de argumento lance algumas questões interessantes (haverá um X-Men 4?).
Ficam as interpretações de Hugh Jackman, Halle Berry (aparece um pouco mais depois das passagens discretas pelos 2 filmes anteriores) e Famke Janssen, o eterno duelo entre Ian McKellen e Patrick Stewart, a excelente caracterização de Kelsey Grammer como Beast, a presença cómica de Vinnie Jones como Juggernaut e a figura sempre cativante de Rebecca Romjin como Mystique. Para além destes, temos novos mutantes como Angel, Callisto, Kid Omega ou Multiple Man (mais um motivos para algumas críticas dos adeptos mais fiéis dos comics, pois alguns destes não existiam ou viram os seus poderes alterados na adaptação).
Resumindo, “X-Men: The Last Stand” é um filme a ver para os seguidores da saga ou para quem goste de um filme de acção bonzito que nunca chega a excepcional.

Saturday, June 03, 2006

O filme do momento


Tanto se fala de “The Da Vinci Code” que decidi retomar os meus comentários cinematográficos com a tão badalada versão do best-seller de Dan Brown. Mas primeiro tenho de dizer que não sou grande admirador de Ron Howard, acho-o demasiado “by the book”, sem nunca ser brilhante. Falando do filme em si, embora tenha um ou outro bom momento (gostei particularmente da cena final), sofri daquele que é o seu maior problema: já tinha lido o livro. Perde o seu impacto e, na minha opinião pessoal, perde naquilo que mais me agradou no livro: a explicação da teoria (é natural, ficaríamos com um filme de algumas horas).
Em todo o caso, voltando ao filme em si, Audrey Tautou está óptima (tem sempre muito bom aspecto, esta senhora), Tom Hanks parece-me mais em piloto automático e é Paul Bettany quem mais brilha, no papel do albino Silas. É um filme que não desagrada, que certamente será mais admirado por aqueles que não leram o livro (sim bU, estou a falar de ti), mas que penso que não ficará para história.

Friday, June 02, 2006

Música, calor e cerveja, eis os festivais de verão (Parte II)

O segundo dia do Act 1 do SuperBock SuperRock começou com boas e más noticias. Fui mais cedo prevendo nova entrada lenta, e entrei em 10 minutos. A má noticia foi que estavam temperaturas bem elevadas e entrar mais cedo não foi uma boa opção, pois esperei mais de hora e meia pelo primeiro concerto, e a cerveja a certa altura deixou de ser uma boa solução, pois se quisesse hidratar à velocidade que desidratava, ficava embriagado bem cedo.

A música começou com os Primitive Reason, uma banda que nunca tinha apanhado em concerto e gostei de ouvir, embora seja certamente mais agradável com menos 10 graus (pelo menos). O calor retirava as forças necessárias para acompanhar a banda, cheia de ritmo e energia, cujo ponto alto (a nível pessoal) passou pelo (bom) uso de um Didjeridou.

Este foi um dia fraco a nível da “Quinta dos Portugueses”, pois nenhuma banda me agradou. Primeiro actuaram os DaPunkSportif, que deram azo a uma volta pelo recinto. Este tinha algumas distracções como Matraquilhos, Body Painting ou até mesmo uns minutos a olhar o Rio Tejo.

A seguir entraram no palco principal os Alice In Chains, numa actuação muito aguardada (pelo menos por mim) desde que se soube que iam entrar em tournée pela Europa, com a entrada do novo vocalista. E bem que o podiam ter ido buscar a um “Chuva de Estrelas” ou algo assim, pois tem um registo praticamente igual ao do falecido Layne Staley, pelo que permitiu reviver bons momentos de grunge ao seu melhor nível, com "Rooster" ou "Man In The Box", entre outros. Pena o sol por trás do palco ter cortado um pouco o ambiente, mas foi bom ver nas caras de quem assistia ao concerto uma sensação de alegre nostalgia.

De volta à “Quinta dos Portugueses”, actuaram os If Lucy Fell mas, como já adiantei, também não me agradaram.

Em grande estiveram os Deftones, com o som excelente e a criar uma óptima relação com o público. Inclusivamente Chino Moreno, o vocalista (com uns quilos a mais), chegou a interpretar uma música em cima das barreiras para o público, agarrado por todos aqueles que estavam ao alcance de um braço, e exibindo uma bandeira portuguesa que alguém lhe atirou.

Após uma breve passagem dos X-Wife pelo palco secundário (mesmo assim foram os menos maus da noite, digamos assim), aproveitada para uma volta pelas bancas da bebida e comida, chegou uma banda cuja sonoridade não me agrada (desatino particularmente com a voz), os Placebo. Deram um concerto muito profissional, sem falhas e que aparentemente agradou aos adeptos (alguns incondicionais mesmo) da banda, mas que me pareceu demasiado frio, sem qualquer relação com o público. Não me recordo de ter ouvido mais do que um “Boa noite!” em todo o concerto, com as músicas a sucederem-se umas às outras sem qualquer interrupção. Destaque (pessoal) negativo para o facto de não terem tocado a única musica que realmente gosto ("Pure Morning").

Uma palavra em particular para o vocalista da ultima banda da “Quinta dos Portugueses”, os Vicious Five: Menos pose, menos arrogância e maior qualidade musical, se quiserem chegar a algum lado. Não estavam a agradar a ninguém e ainda por cima agiam como se fossem a maior banda a tocar naquela noite. Tocaram “Fight For Your Right” dos Beastie Boys naquela que seria a sua última música da noite, e quando até podiam ter saído na altura certa, o vocalista resolve anunciar que vão tocar mais uma, sendo mesmo vaiado(!!).

Após 30 minutos de silêncio angustiante (este segundo dia tinha bem mais gente que o primeiro, e a maioria queria mesmo era ver a última banda da noite), os Tool concluíram de forma brilhante este Act 1, com um grande investimento visual a acompanhar a excelência musical de Maynard James Keenan (sempre ao fundo, sem qualquer tipo de luz, como que a dar primazia aos instrumentistas), Adam Jones, Danny Carey e Justin Chancellor. Foram, também eles, algo frios na relação com o público, e nem sequer houve qualquer encore, mas provaram o porquê de serem os cabeças-de-cartaz da noite.

Thursday, June 01, 2006

Música, calor e cerveja, eis os festivais de verão (Parte I)

Já que se falou aqui de concertos e festivais de verão, deixo aqui as minhas impressões sobre o Act 1 do SuperBock SuperRock.
No primeiro dia, comecei logo por passar uma verdadeira “seca” à entrada, com mais de uma hora na fila e ao calor. Esta demora foi provocada por “excesso de zelo” na entrada, com 3 pontos de controlo, e fez com que entrasse já depois do concerto de RAMP (que por acaso até queria ouvir…) e a primeira banda da “Quinta dos Portugueses”, os Devil In Me.
Estava praticamente a começar o concerto de Moonspell, e posso dizer que o dia não estava a melhorar. A entrada, que devia ser em grande com o single de apresentação do novo álbum, falhou por completo pois o som estava péssimo. Só após o início da segunda música é que alguém conseguiu resolver o problema e o som lá melhorou. Não ficou bem, mas melhorou. No entanto, quando a vocalista dos Cinemuerte (dos quais falarei mais à frente) foi chamada para fazer segunda voz, também não foi minimamente audível (o que, conforme direi também mais à frente, foi uma pena).
O concerto seguinte, no segundo palco, foi dos Twenty Inch Burial e o melhor que posso dizer é que não me agradou, e aproveitei para dar uma volta pelo recinto, que estava bem estruturado, com muitas opções para comer e beber e uma zona de “esplanada” bem agradável. Até TelePizza e MacDonald’s havia.
Logo a seguir (os concertos estavam bem ordenados e encadeados, começando sempre poucos minutos após o final da actuação do outro palco) entraram em cena os Soulfly que, não sendo o meu estilo de música preferido, deram um bom concerto e que parece ter satisfeito o público-alvo, tendo em conta as reacções dos fans.
Voltando à “Quinta dos Portugueses”, seguiram-se os já falados Cinemuerte, que eu não conhecia mas que tinham uma sonoridade agradável, guiados por uma voz excelente (a tal que não se ouviu a acompanhar os Moonspell). Além disso, serviram como um óptimo “aperitivo” para quem se seguia.
Os Within Temptation agradaram mesmo a quem não estava lá para os ver, com uma voz magnífica a liderar e que não falhou uma única nota, e com o som já devidamente ajustado. A presença dos restantes elementos da banda parece justificada apenas como acompanhamento para a voz de Sharon den Adel, que sai perfeita sem qualquer esforço aparente. Para além disso, um palco devidamente decorado tornou este espectáculo um dos melhores da noite.
A fechar o palco secundário estiveram os Bizarra Locomotiva que, com muitos anos de rodagem, deram um concerto sólido, num som entre os Rammstein e os Mão Morta, mas que estão um pouco ao lado do meu gosto pessoal.
Este primeiro dia do SBSR terminou com Korn. E terminou bem, pois se excluirmos o facto do som não estar perfeito (a voz desaparecia sempre que o resto da banda começava a “abrir”), foi um concerto com muita energia, com os clássicos a serem todos visitados e com 8 (oito!) elementos em palco, incluindo duas baterias mais um percussionista a “ajudar” nalgumas músicas.